quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Onda Vermelha

Vitória, finalmente



O meu Benfica começou mal a época.
Como se não bastassem os resultados, o Glorioso ainda tem tido algumas lesões, castigos disciplinares e um problema de foro interno com Cardozo.

No que concerne ao Nápoles-Benfica, jogo da primeira eliminatória da Taça Uefa, o meu Glorioso entrou muito bem no jogo, com grande personalidade e ignorando o ambiente hóstil e adverso conseguindo materializar essa superioridade através de um golo do estreante Suazo.

O hondurenho estreou-se logo a marcar. Este ponta de lança parece possuir caraterísticas díspares dos outros avançados do Benfica. É ainda muito cedo para avaliar, mas pelas primeiras impressões parece ter poder de explosão, boa técnica, e não tem medo do “um contra um” em progressão revelando ainda um grande sentido de oportunidade.

Voltando ao jogo, após o golo, tudo o que o Benfica havia feito de bom nos primeiros quinze minutos, se alterou e tornámo-nos numa equipa permeável, sofrendo dois golos consecutivos. Uma situação inadmissível em alta competição.

Em relação à equipa lançada pelo treinador Quique para este jogo é de notar as ausências de Pablo Aimar, por lesão, e do ponta de lança de Cardozo. Katsouranis, em virtude dos erros que cometeu no jogo contra o FC Porto, foi substituído pelo jovem Sidnei, que apesar da tenra idade, continua a realizar exibições convincentes e não foi por ele que o Benfica sofreu três golos. Já Urreta apareceu na equipa mas com uma exibição fraquinha, quer a atacar quer a defender.

Na segunda parte, o treinador Quique, tirou do onze Urreta bastante apagado e lançou Balboa e retirou também o bastante desinspirado Carlos Martins e lançou Katsouranis.

Com estas duas substituições, tornou a equipa mais compacta e melhor defensivamente. Apesar disso sofreu um golo por manifesta infelicidade, pois a bola bateu no defesa Léo, depois de um cruzamento do jogador do Nápoles.
Após o golo do Nápoles, o Benfica passou a controlar o meio campo e mais uma vez de bola parada, através de um livre chegou ao 3-2 por intermédio de Luisão.

O desinspirado Di Maria também foi substituído e entrou o capitão Nuno Gomes e o Benfica pareceu ganhar outra alma. Mas a cerca de um quarto de hora do fim, Suazo foi atingido violentamente com uma pancada e ficou em campo diminuído, o que nos retirou algumas hipóteses de inverter o resultado.

Agora teremos que esperar até ao dia 2 de Outubro e como a esperança é a última a morrer, eu continuo a acreditar “ força Benfica” para a 2ª mão com o estádio cheio. Façamos dele o “ Inferno da Luz”.

Passadas três semanas, em relação ao último jogo do campeonato, paragem bastante discutida nos meios de comunicação social e criticada por alguns treinadores, opinião que eu corroboro, regressou a Liga.

O meu glorioso foi até à “Capital do Móvel” para procurar a primeira vitória oficial desta época.

Nas opções de Quique, realce para a estreia do lateral esquerdo Jorge Ribeiro, o aparecimento de Nuno Gomes, como titular, e de Ruben Amorim, a médio direito, e ainda a estreia, mesmo que forçada, do Miguel Vitor, por impedimento de Luísão, castigado com dois jogos.

No dia em que o treinador do Benfica despiu o fato de gala e vestiu o fato de treino, o glorioso alcançou a primeira vitória em jogos oficais na época 2008/2009. Uma vitória, é verdade, mas bastante sofrida e uma equipa que quer ombrear com os também candidatos ao título Sporting e Porto, não pode sofrer três golos.

Mas o meu Benfica continua a demonstrar grandes fragilidades defensivas e nem o facto de Luisão e Katsouranis não poderem actuar, não desculpa essas fragilidades porque se jogadores como Miguel Vitor e Sidnei fazem parte do plantel têm que ter qualidade.


Em relação ao jogo propriamente dito, o Benfica iniciou a partida muito bem e com grande personalidade, marcando um golo numa jogada típicamente de contra-ataque, bem desenhada por Carlos Martins e Reyes e finalizada por Nuno Gomes.

Na minha opinião, o mais difícil de fazer num campo destes estava feito, isto é, ser a primeira equipa a marcar. Mas nem esse facto o Benfica conseguiu aproveitar e passados poucos minutos sofre o empate depois de uma falha de Reyes, à entrada da área encarnada, que é aproveitada pelo central do Paços de Ferreira, Ozeia.

Mais um golo sofrido pelo Benfica, de bola parada, o que passa a ser um hábito em relação a esta equipa.

Chegámos ao intervalo a vencer solidamente por 1-3. Este resultado parecia indicar uma segunda parte tranquila mas o glorioso em vez de gerir o resultado de forma inteligente, baixou muito a produção e relaxou de tal modo que na conversão de um pontapé de canto por parte do Paços, o guarda-redes Quim ofereceu o golo ao jogador Rui Miguel que agradeceu e não desperdiçou o tremendo erro.

Quim, que ao longo de vários anos sempre demonstrou ser bastante sereno e cometer poucos erros, parece agora acusar a pressão de ser o titular da selecção e parece viver dias menos tranquilos e prova disso é os nove golos sofridos em apenas três jogos. Espero que esta situação seja ultrapassada pelo guardião rapidamente.

Depois do Benfica passar por vários sobressaltos, o estreante defesa esquerdo, Jorge Ribeiro, sacudiu um pouco a pressão a que o Benfica esteve sujeito com um portentoso remate de fora da área. Parecia o fim do sufoco mas o Paços ainda voltou a marcar.

As substituições de Quique não tranquilizaram em nada o Benfica, passando o jogo em constante sobressalto e com pouca segurança. Nem Aimar, nem Balboa, nem Di Maria trouxeram grandes mudanças.

O marcador não voltaria a sofrer modificações apesar do Benfica ainda ter passado por alguns calafrios com mais uma má intervenção do guarda-redes Quim a defender para a frente e por muito pouco que na recarga o Paços não chegou ao empate.

Águia da semana: Nuno Gomes


Por: António Pereira

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