quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Peluza volta em grande


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Diego Armando Maradona foi o escolhido para comandar a selecção argentina, rumo à África do Sul.
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O melhor futebolista de sempre sucede no cargo a Alfio Basile, confirmando os rumores que apontavam para a sua nomeação.
El Pibe ganhou a corrida a Sergio Batista, seu antigo companheiro da alvi-celeste campeã mundial em 86, e recente campeão olímpico de Pequim.
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Maradona será o responsável pela escolha dos jogadores e pela sua orientação técnica. Tudo sob a alçada do seu antigo seleccionador Carlos Bilardo, empossado no cargo de Director-Geral da Federação Argentina de Futebol (FAF).
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A surpreendente nomeação de Maradona deixou o astro "satisfeito e muito tranquilo", segundo as sua próprias palavras à Agência EFE.
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A estreia de Dieguito está dependente de um detalhe.
A Argentina tem agendados dois particulares: frente à Escócia a 19 de Novembro e diante da França, a 11 de Fevereiro.
Julio Grandona, líder da FAF, tinha garantido que seria Sergio Batista a orientar a equipa no embate frente aos escoceses. Contudo, com a escolha da substituição de Basile a recair em Maradona, falta esclarecer quem estará no banco no próximo dia 19.
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Atlético volta a perder

Em desvantagem ainda antes de começar


GD Samora Correia 3-0 Atlético Ouriense
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Divisão de Honra de Santarém – 5ª. Jornada
Estádio da Murteira – Samora Correia
Árbitro: Francisco Nobre Assistentes: Marco Lemos e Pedro Freire
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GD Samora Correia: Fábio; Praia, Bruno Daniel, Martim, Ricardo Marta; Nuno Teixeira (Sandro Letra), Luís Pedro, Paulo Sérgio (cap.); Mourato, Emanuel (Marquinho), Bruno Pedro (Ruben)

Não utilizados: Carrelhas, Carvalho, Tancredo e Torrão

Golos: Emanuel, Mourato e Mika (pb)

Treinador: Paulo Eira
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Atlético Ouriense: Tomé; Tordo, Canário, Mika, Nuno Sousa; Célio (cap.), Dércio (Bolinhas), Dino; Pedro Ribeiro, Ricky (Leandro), Marco Pereira (Martins)

Não utilizado: Rapha.

Treinador: Carlos Gonçalves
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O Atlético Ouriense somou nova derrota. A jogar de novo fora de portas, a equipa de Ourém experimentou inúmeras dificuldades ao longo de toda a tarde.
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O jogo começou com cerca de dez minutos de atraso devido à chegada tardia da comitiva oureense, ao Campo da Murteira.
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O Atlético entrou bem na partida, envolvendo-se na luta pelo golo. Cedo se percebeu que a história do desafio estaria condicionada à acção de jogadores inspirados como Pedro Ribeiro, do lado oureense, e Paulo Sérgio, Mourato ou Emanuel, do lado da casa.
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Aos 33 minutos surgiu a melhor ocasião de golo de todo o desafio. Pedro Ribeiro rasgou a defesa contrária, pela direita, oferecendo o golo a Marco. Porém, o avançado falhou na cara de Fábio, possibilitando-lhe uma defesa fácil.
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A partir deste momento a equipa visitante não mais se encontrou. O lance marcou o final de um período em que a atitude desinibida dos homens de Carlos Gonçalves, agradava a quem assistia ao encontro.
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Pouco depois surgiu o primeiro golo do desafio. Emanuel recebeu a bola na direita, rematando forte à entrada da área para o primeiro da tarde. O golo inaugural terminou em definitivo com o bom momento oureense. Até ao intervalo o GD Samora Correia teve boas oportunidades para dilatar a vantagem.
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A segunda metade começou com o segundo golo do desafio. Mais uma vez Emanuel a fugir na direita mas agora para assistir Mourato que, com Tomé a seus pés, adornou o lance com um toque subtil para golo.
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O terceiro golo chegou pouco minutos volvidos. Mais uma vez pelo lado esquerdo da defesa oureense mas agora com novo protagonista. Mourato ultrapassou Nuno Sousa, cruzando para o interior da pequena área. Tomé esperava pela bola mas não contava com a traição de Mika que introduziu a bola na sua própria baliza.
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O jogo passou a ser um martírio para as duas equipas. O GD Samora Correia fez descansar as suas melhores pedras. O Atlético preocupava-se apenas em resguardar a sua baliza.
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Foi a quarta derrota em cinco jornadas para os oureenses. A equipa entrou bem no desafio mas a perdida de Marco, aos 33 minutos, condicionou de forma estranha o desenrolar da partida. Os oureenses voltaram a evidenciar uma falta de confiança anormal, numa equipa que já mostrou ser capaz de fazer bem melhor.
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Saiba mais na próxima edição do Notícias de Ourém

Gavionenses em primeiro

Gavionenses lidera em ano de aposta forte



O Clube de Futebol “Os Gavionenses” lidera a primeira divisão do Campeonato Distrital da Associação de Futebol de Portalegre. Depois de bater o ACD Esperança, por quatro golos sem resposta, no passado Domingo, a formação de Mazzo ascendeu ao primeiro lugar isolado.

O clube da vila de Gavião está no primeiro posto da competição fruto do bom desempenho registado até agora. O plantel treinado pelo experiente Mazzo conta com cinco vitórias e apenas uma derrota, perfazendo um total de 15 pontos em 18 possíveis, deixando toda a concorrência para trás.

“Os Gavionenses” fazem condizer a boa perfomance com os objectivos propostos para esta temporada. A meta traçada pela direccção, passa pela conquista do campeonato e a consequente subida de escalão, que colocaria o clube no Campeonato Nacional da 3ª. Divisão, algo que não acontece há muitos anos.

A aposta forte na equipa sénior acontece num ano fulcral da história do emblema centenário que recentemente inaugurou o tapete de relva sintéctica colocado no seu campo.

No passado dia 21 de Setembro, a população da vila alentejana rumou ao Campo do Salgueirinho para assitir de perto a um acontecimento histórico para a colectividade. A inauguração do relvado artificial constituiu somente o consolidar da primeira fase do projecto de reestruturação do parque desportivo gavionense. Para mais tarde ficarão as segunda e terceira fases que consistem na edificação de novos balneários e na construção de uma bancada central.

A liderança da prova, aliada à modernização do Campo do Salgueirinho, são motivos de “orgulho e satisfação” por parte de José Pernadas, dirigente do clube. Porém, o director não centraliza o bom momento da instituição na sua equipa sénior. Para José Pernadas torna-se “necessário não esquecer que o clube tem mais do que uma equipa de futebol”. Para além da equipa sénior, “Os Gavionenses” têm também equipas nos seus escalões de formação e foi a pensar nelas “que a direcção se empenhou neste projecto”.

Só eu sei...

Cada vez mais fortes e consistentes!

Foto: sporting.pt

Não alinho no discurso geral da imprensa desportiva, na tradicional prepotência e dramatismo com que castiga um jogo menos conseguido do Sporting. Onde muitos descortinaram um autêntico fracasso em Paços de Ferreira, eu vi uma equipa combativa e solidária, embora pouco inspirada em virtude do cansaço.

Eu que tinha inclusivamente acusado Grimi de não andar nos seus melhores dias, tenho agora, por um imperativo de justiça, de reconhecer que até o lateral fez uma boa exibição, forte a defender mas sem virtuosismo ofensivo, à imagem da restante equipa.

O balanço da situação na Superliga nada tem então de trágico, ao contrário da versão de certos arautos (precoces) da desgraça: numa altura em que já visitámos equipas como o Braga, o Benfica e o Paços de Ferreira, estamos a 3 pontos da liderança, que não está na posse de nenhum dos nossos adversários directos. A equipa está moralmente recuperada de dois dolorosos desaires, está em excelente posição para atacar a liderança, e vem jogando com cada vez mais solidez e coerência táctica. Está, em suma, cada vez mais forte e consistente.

Mas o que mais me apraz destacar esta semana é a maravilhosa vitória alcançada na Ucrânia para a Liga dos Campeões. O Sporting demonstrou neste jogo uma enorme capacidade de sofrimento e demonstrou acima de tudo possuir do seu lado um factor não linear que só acompanha as grandes equipas, as verdadeiramente especiais: sorte! Não uma sorte aleatória, mas o tipo de sorte que de forma intrínseca protege as formações experientes, pacientes e psicologicamente mais preparadas. O veneno servido aos ucranianos é típico de uma equipa convicta e preparada.

O Sporting ainda não conseguiu o apuramento, mas já mostrou que o deseja e que é suficientemente maduro para o atingir, e sentir o Sporting pronto para entrar no lote das melhores equipas do mundo é para mim, como adepto, um grande motivo de orgulho!

Leão da semana: Liedson


Por: César Paisana Adão


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dragão Dourado

A perder nos entendemos

Foto: fcporto.pt


O Halloween chegou mais cedo para as bandas do Dragão. Sem que ninguém desse muito por isso, o F. C. Porto perdeu por duas vezes consecutivas, mostrando a todos (inclusive a Jesualdo Ferreira, que por sinal ainda não sabia) que a equipa ainda não atingiu os patamares mínimos exigíveis, a uma equipa do nível da campeã nacional.

O descalabro iniciou-se na passada terça-feira, frente ao Dinamo de Kiev. Os receios que aqui lancei na semana passada sobre a incógnita que seria o F. C. Porto nesta partida revelaram-se apropriados, visto que a formação azul e branca jogou mal. Diria até muito mal, para quem tem aspirações a passar aos oitavos-de-final da prova. À “frangalhada” de Nuno, seguiu-se uma hora de um péssimo futebol. Os sucessivos passes errados, perdas de bola, e a apatia generalizada da equipa originaram uns ruidosos assobios no final da partida. Os protestos, totalmente adequados à situação, não pareceram surtir qualquer efeito na equipa portista, e o jogo de sábado foi exemplo disso mesmo.

Se perder com o Dinamo de Kiev por 0-1, num jogo onde os ucranianos até só fizeram um remate à baliza durante todo o jogo, não poderia ser apelidado como um resultado calamitante para os dragões, perder em casa com o Leixões é-o certamente. Não querendo com isto retirar todo o mérito do Leixões nesta vitória (o que seria de todo injusto), um plantel tão valioso (em euros) como o do F. C. Porto tem como obrigação vencer os seus jogos, em casa, frente a adversários do nível da equipa matosinhense. Isso é um facto, e é profundamente demagogo pensar o contrário.

Só que mais uma vez os jogadores do F. C. Porto entraram em campo com uma sobranceria tal, que irritou todos aqueles que assistiram à partida. A arrogância portista “deu os seus frutos” logo aos três minutos de jogo, quando Bruno China marcou de cabeça o primeiro golo da partida. Um lance infantil da defesa portista, com Lino à cabeça. Este golo não foi suficiente para acordar os onze homens de azul e branco que estavam em campo, e Braga fez questão de acentuar que o Leixões não tinha ido ao Dragão em excursão, marcando o 0-2.

Finalmente via-se reacção. Não das bancadas, porque essa já se sentia desde o inicio do jogo, mas sim do banco portista. Saltou para o onze Candeias, uma espécie de Quaresma, mas com um terço da classe e categoria do Harry Potter. Por outras palavras, um jogador arrogante, individualista mas que...não resolve jogos.
Ainda assim, os dragões conseguiram chegar ao empate na partida. Os golos da dupla argentina Lucho-Lisandro pareciam ter resolvido o problema, parafraseando Jesualdo. Mas não resolveram.

E por duas razões: A primeira devido ao professor, que se diz treinador de elite de futebol, ter colocado um extremo direito, Mariano Gonzalez, a...defesa-esquerdo! Isso mesmo, defesa-esquerdo. Contado ninguém acredita, mas foi muito por causa desta alteração que o F. C. Porto “morreu” para o jogo; A segunda, porque o mesmo Braga que havia feito o 0-2, haveria de fazer o 2-3, num grande remate de fora da área. Isto depois de ter sido anulado um golo limpo a Zé Manel, num lance que nasceu do “mágico” lado esquerdo da defesa portista.

Bem sabendo que Pinto da Costa não é homem de “chicotadas psicológicas”, é bom que apareça mais vezes no balneário da equipa. Acima de tudo para mostrar o que realmente é preciso ter para ser jogador do F. C. Porto, visto que não parece existir pessoas competentes para isso nos quadros do clube.

O reinado de Jesualdo no Dragão já esteve mais firme, e os lenços brancos no final da partida frente ao Leixões são exemplo disso mesmo. Veremos como “professores” e “equipa” resolvem esta questão.

Dragão da Semana: Raúl Meireles


Por: Flávio Pedrosa

sábado, 25 de outubro de 2008

Bola Aparte

As Fitas Caídas



Tanta coisa para falar. O mundo sofre! Os professores portugueses humilham-se no palco cibernáutico em nome do estado e da insignificância tecnológica que este pariu, esse Magalhães de má memória que nada irá descobrir. Eu passei os últimos dias a ver filmes e sinto-me bem, muito obrigado! O Outono em Portugal, à parte as melancolias, traz sempre consigo os festivais de cinema e por isso, para mim, será sempre uma estação alegre.

Tivemos a Festa do Cinema Francês que tirando a comédia off-beat “Paris” com Juliete Binoche e Romain Douris e o curioso documentário “Le Premier Cri” pouco mais oferece. Temos ainda “Zavet”, uma película Kusturica inferior que tenta orquestrar aquela mesma excentricidade balcânica de forma pobre e em nome de si própria. Longe vão as gloriosas fábulas de “Gato Preto, Gato Branco” e “Underground”.

E acolhemos agora o VI DocLisboa, o Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa que, de 16 a 26 de Outubro agracia as salas da Culturgest, São Jorge e Cinemas Londres com a sua vasta e criteriosa selecção de celulóide que admita de forma alargada o rótulo de documental, numa altura que o fenómeno fusionista do documentário com a ficção se apresenta como um dos mais efeverscentes do mundo do cinema. Quando os cânones do documental se mostram até insuficientes para representar o real frenético que o ser humano conseguiu construir, a selecção deste festival mostra não temer alargar a sua selecção o objectos que, de várias maneiras, não são documentários.

“Afterschool” é claramente um desses objectos. A primeira longa do novaiorquino (de origem brasileira) António Campos, que é um account a la Gus Van Sant de uma overdose de duas jovens liceais americanas, ocorrida mesmo depois da escola. “Z32” traz-nos um soldado israelita arrependido da sua participação num massacre aleatório de palestinianos em nome da pura retaliação. A sublime Nan Goldin traz-nos “I’ll be your mirror”, a sua narrativa vídeo da vida que já conhecemos do seu trabalho fotográfico. É quase como um livro de finados das personagens da sua intimidade, bravos soldadinhos de chumbo quase todos sucumbidos às drogas e à SIDA. O grande Steve McQueen lança-nos o seu “Hunger” em que filma os últimos dias do mártir do IRA Bobby Sands.
Coisa violenta, parece. Vibrantes felicitações para o uber cool actor, que se afirma agora como realizador depois de ter vingado como artista plástico (ganhou o prémio Turner, o que quer que seja que isso significa). Campeão. E precisamos é de coisas intensas como estas.

E oferece-nos muito mais este festival, é só escolher. Os puristas gostarão de saber que os monstros sagrados Frederick Wiseman, Joris Ivens, Raymond Depardon e Johan Van der Keuken farão a sua aparição. E daqui a pouco rebenta aí o IndieLisboa. Por isso animem-se meus amigos: as folhas caem ao ritmo da confiança dos investidores no mercado, mas vem aí o bom cinema.



Por: Francisco Adão

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Beckham a la milanese


O internacional inglês David Beckham poderá estar de malas aviadas para Milão, interrompendo a sua experiência pelas terras do tio Sam.
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O popular jogador estará neste momento a estudar várias ofertas que lhe possibilitam a saída do LA Galaxy por empréstimo.
A mais forte terá surgido através de Adriano Gallianni, responsável pelo AC Milan. Contudo, Beckham tem propostas oriundas da Ásia e do Médio Oriente.
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A confirmar-se a notícia, Carlo Ancellotti juntará um dos mais mediáticos atletas de sempre, a outras estelas como Maldini, Kaká ou Ronaldinho Gaúcho.
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Onda Vermelha

Que poupança?



No dia 19 de Outubro disputou-se o jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal entre o Benfica e o Penafiel, no Estádio da Luz.
A equipa escolhida pelo treinador Quique foi bastante diferente da habitual e só não aconteceu uma surpresa porque o guarda redes Moreira realizou uma excelente exibição. Tal fez-me recordar algo já esquecido há alguns anos atrás, isto é, surgiu um grande guarda redes português com grande potencial e que nos últimos anos tem estado ausente dos grandes palcos por lesões constantes e nos últimos tempos por mera opção técnica.

No entanto, ontem fez questão de lembrar a todos e ao seu treinador que podem contar com ele como uma opção válida.

A equipa do Penafiel deslocou-se à capital para defrontar o Benfica e rubricou uma excelente exibição deixando uma boa imagem quanto ao futebol praticado na 2ª Divisão Série B, não se limitando apenas a defender e sempre que possível a sair para o ataque, provocando vários calafrios na defesa encarnada.

Quanto aos jogadores menos rodados no Benfica, a maior parte deles não aproveitaram a oportunidade concedida pelo treinador. Jogadores como Urreta e Balboa terão que produzir muito mais se pretenderem ser opções válidas para este Benfica.

No que concerne ao lateral esquerdo Léo, para mim, nos últimos anos, o melhor lateral esquerdo do nosso campeonato rubricou uma exibição fraca não parecendo o mesmo, faltando-lhe a alegria de outros tempos.

Nota positiva, na minha opinião, para o avançado Makakula que manteve sempre em sobressalto a defesa do Penafiel, mas que não conseguiu desfeitear o guarda redes, José Eduardo, quer por mérito do mesmo, quer por alguma falta de sorte.

Em suma, poderei dizer que longe vai o tempo em que as camisolas ganhavam. Nos tempos que correm é preciso suar a camisola para vencer. E quando se entra num jogo com uma atitude passiva, pouco pressionante e com pouca ambição de vitória, não é a entrada de elementos mais experientes e com nome que vai alterar a situação criada, pois o adversário já se encontra mais confiante e moralizado.



Na conferência de imprensa, realizada antes do jogo, o treinador Quique disse que acreditava tanto nestes elementos como naqueles que escolheu para os jogos do Nápoles e Sporting .

Eu acreditei, fico com pena que os jogadores em questão não tenham acreditado!

Quinta-feira temos um jogo da fase de grupos da Taça Uefa com o Hertha Berlim. Neste sentido, terá existido mesmo uma poupança dos jogadores do Benfica?

A mim parece-me que não. Por exemplo os dois centrais estiveram sujeitos a 120 minutos de jogo e palpita-me que quinta-feira serão os titulares. O Benfica acabou por sorrir no fim deste jogo, mas poderia ter acontecido o inverso, pois a marcação dos penalties é uma espécie de lotaria.

Parabéns, Penafiel, pelo futebol apresentado! E quanto ao meu Benfica, muito cuidado a sorte nem sempre sorri!

Águia da Semana: Moreira


Por: António Pereira

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Só eu sei...

A grandes desafios grandes respostas!
Foto: sporting.pt


Numa semana em que os meios de comunicação preferiram destacar mais um surto de gripe balcânica, tentando em vão adorná-lo com contornos novelescos, o Sporting cumpriu de forma diligente a sua obrigação, seguindo em frente na Taça de Portugal.

Do jogo de Leiria destaco o regresso do Sporting às melhores características da era de Paulo Bento: seriedade e segurança defensiva, servidas com veneno puro no contra-ataque, se bem que as inúmeras oportunidades falhadas para fazer o 2-0 possam desmentir um pouco o último preceito.

Polga regressou bem de lesão; Liedson está simplesmente a regressar à sua melhor forma; Miguel Veloso apoiou de forma incisiva o ataque; e João Moutinho vai melhorando o ritmo competitivo de jogo para jogo. Izmailov regressou também e foi já igual a si próprio, o que por si só já é suficientemente importante para o colectivo; e Pedro Silva confirmou as (infelizmente) poucas mas boas indicações que já havia deixado, ou seja que possui um sentido defensivo muito interessante.

Nem tudo foi, claro, positivo: continuo a achar que Grimi não está a justificar a titularidade, pelas constantes intervenções fora de tempo, pelas perdas de bola desnecessárias e pela falta de concentração que o leva a errar passes e a defender de forma negligente. Confesso-vos sinceramente que me preocupa o lado esquerdo da defesa, e é com ansiedade que aguardo o retorno de Caneira.

A semana que se inicia apresenta-nos duas deslocações cuja dificuldade é directamente proporcional à importância de nelas vencer: com um triunfo na Ucrânia só um desastre nos poderia afastar desse objectivo absolutamente central na estratégia do Sporting moderno, que é integrar o lote das 16 equipas mais poderosas do continente; ao passo que uma vitória em Paços de Ferreira investe o Sporting como candidato fortíssimo à conquista do campeonato, pela demonstrada capacidade de singrar nos mais difíceis campos da Liga.

Se vive em nós a sede de vitória, é nos grandes desafios que temos de dar grandes respostas!

Leão da semana: Liedson


Por: César Paisana Adão



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Dragão Dourado

Dever cumprido... mas só para alguns



A semana que passou ficou claramente marcada por dois acontecimentos: o empate de Portugal frente à Albânia e a vitória folgada, na Sertã, do F. C. Porto, em jogo a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

A equipa portista, e apesar das muitas alterações efectuadas pelo professor Jesualdo Ferreira, conseguiu uma vitória volumosa, por 4-0, frente a um Sertanense bastante atrevido. Com efeito, um dos heróis da partida foi mesmo Nuno, que voltou a mostrar serviço ao técnico azul e branco. Para além do guarda-redes, também Farías e Tarik estiveram em destaque. O argentino bisou e o marroquino marcou de cabeça, no seu regresso à competição oficial. De facto, a Sertã parece ser terra sagrada para estes dois jogadores, que já na época passada haviam facturado, em jogo também ele a contar para a Taça portuguesa.

Apesar do resultado positivo, é de facto difícil conseguir prever que F. C. Porto podemos esperar no importante jogo de amanha, frente ao Dinamo Kiev. É que o último jogo “a doer” dos campeões nacionais foi já há duas semanas, em Alvalade. Será que a equipa está preparada para dar continuidade à excelente exibição frente ao Sporting? Ou será que, por outro lado, irá repetir aquilo que fez aquando da primeira paragem do campeonato, quando fez um grande jogo na Luz e eclipsou-se, de seguida, frente a Fenerbahçe e Rio Ave? Uma resposta que só os comandos de Jesualdo poderão dar.

À margem de tudo isto, Fernando renovou por mais uma época pelos portistas. Uma manobra bem conseguida pela SAD do F. C. Porto, que depois da saída de Paulo Assunção, ao abrigo da lei “Webster”, parece determinada a evitar que a situação se repita. Ainda para mais quando falamos de uma das peças mais importantes do onze base portista. Tem sido dos jogadores mais certinhos da equipa, recuperando inúmeras bolas a meio-campo e dando inicio a mortíferos contra-ataques.

Ainda assim, nem todos pensam assim. Mesmo aqueles que se dizem experts na matéria conseguem surpreender com opiniões pouco fundamentadas. No caso, falo de Luís Freitas Lobo, que no programa “Trio de Ataque” da RTP N, foi convidado a dar a sua opinião sobre qual seria o melhor onze, de cada um dos três grandes. Quando chegou ao caso do F. C. Porto, estarreço ao ver, como médio mais defensivo, o nome de Pelé. Mas o que fez Pelé desde que chegou ao F. C. Porto? Um jogo pela Intercalar e outra na Taça de Portugal. E Fernando? “Apenas” se estreou na equipa no escaldante Benfica – F. C. Porto, tendo rubricado uma excelente exibição. E mais importante que isso: Nunca mais perdeu o seu lugar na equipa, muito à custa da sua classe evidenciada em campo.

Portanto, convidava o crítico Luís Freitas Lobo a dizer, concretamente, aquilo que Pelé pode acrescentar ao jogo dos dragões em detrimento de Fernando, visto que não o fez na emissão da RTP N. Nem mesmo quando Rui Moreira, comentador afecto ao F. C. Porto, discordou da decisão, mostrando, a também minha, total incompreensão.

Por fim, mas não menos importante, importa olhar para aquilo que Portugal (não) fez na passada quarta-feira frente à Albânia, em Braga. Pior só mesmo os comentários dos narradores da estação que transmitiu o jogo, mas isso já é (infelizmente) hábito.

Contra 10 jogadores, mais de 45 minutos, a selecção não conseguiu marcar um mísero golo aos albaneses.


E por falar em selecção e em internacionais portugueses, termino com a despropositada entrevista de Pepe a um diário desportivo nacional. Aí, o defesa do Real Madrid diz ter saído ressentido com algumas pessoas do F. C. Porto, e que em apenas seis meses em Madrid foi melhor tratado, do que durante toda a sua estadia na Invicta. Vejamos: Contratado ao Maritimo; Errou variadíssimas vezes, para mal dos azuis e brancos, mas a sua manutenção no clube nunca foi posta em causa; Títulos atrás de títulos; Saiu para um colosso mundial. Que mais poderá querer Pepe do F. C. Porto? Bombons e flores?
Não contente com isto, ainda disse que Bruno Alves tem que sair do F. C. Porto para evoluir. Eu penso que não é Pepe quem tem que decidir tais coisas. Aliás, Pepe já não é jogador do F. C. Porto, e portanto não deveria opinar sobre assuntos internos do clube. Mas como é hábito, quando tem um microfone à frente não fecha a boca. Só lhe fica mal.

Dragão da Semana: Tarik Sektioui



Por: Flávio Pedrosa

Atlético perde em Alcanena

Resultado justo, números não





Atlético Alcanenense 4-1 Atlético Ouriense
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Árbitro: Rodrigo Teles Assistentes: José Sequeira e Toni Pereira
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Alcanenense: Quaresma; Rui Carvalho, Sudesh, Paulo Nuno (Salcedas), Gláucio; Edgar (Fábio), Diego, Zaza (c), Zibaia (Pedro Gil); Rodrigo, Tiago Vieira.
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Treinador: José Torcato
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Atlético Ouriense: Torres; Tordo, Canário, Nuno Sousa, Moreira; Célio (c), Dércio (Martins), Dino; Pedro Ribeiro, Ricky (Ricardo Ferreira), Marco Pereira (Fabien)
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Treinador: Carlos Gonçalves
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O Atlético Ouriense voltou aos maus resultados. Apesar da exibição esforçada e conseguida, os oureenses foram vergados por um resultado final dilatado.

O Atlético partiu confiante para este desafio. A turma de Carlos Gonçalves vinha embalada por uma bela exibição frente ao GD Benavente. Por outro lado, o Alcanenense de José Torcato apostava em limpar a péssima imagem deixada na vila de Riachos.

A partida começou com o Atlético a demonstrar a sua intenção. Futebol de ataque era o mote dos oureenses. Do outro lado estava a equipa da casa, também apostada num jogo atacante.

O primeiro golo surgiu aos 17 minutos. O hiper-atacante Gláucio, lateral esquerdo alcanenense, evoluiu pelo seu corredor ultrapassando Tordo. Já na lateral da área endereçou a Rodrigo que evitou a oposição e bateu para o fundo das redes. O tento inaugural catapultou Rodrigo para uma exibição de gala.

O Atlético Ouriense respondeu com o seu dinâmico trio ofensivo. Pedro Ribeiro, Ricky e Marco facilmente furavam pela defensiva contrária. Porém, faltou sempre o toque final.

O Alcanenense também não se deixou adormecer à sombra da vantagem conquistada. Os serranos tiveram boas oportunidades junto de Bruno Torres. Contudo, a defesa oureense não mais vacilou até ao descanso.

O intervalo chegou com 1-0 no marcador. Um resultado algo injusto pois a igualdade assentava melhor, tendo em conta o rol de acontecimentos.



A segunda parte não trouxe alterações nas duas equipas. Logo no primeiro minuto, Diego rematou forte do meio da rua. Torres defendeu com dificuldade e Rodrigo aproveitou para bisar. Infortúnio da equipa oureense que quando se preparava para se lançar em perseguição da igualdade, sofreu novo golo.

O Atlético tremeu com o segundo golo de Rodrigo. A equipa estava agora menos concentrada na sua missão e os alcanenenses chegavam com maior perigo à baliza de Torres. Foi através de um lance rápido que a equipa da casa chegou ao terceiro. Novamente Rodrigo na jogada mas desta feita a assistir Edgar para novo tento. Um golo pouco festejado pelo avançado, um claro sinal de respeito pelo seu antigo clube.

Com uma diferença tamanha no placard o jogo parecia decidido. Contudo, um belo golo de Ricky fez com que os oureenses voltassem ao jogo. Mais um grande momento do avançado oureense a confirmar o seu bom momento.

O golo oureense teve o condão de inverter a tendência do jogo. O Atlético passou a ser a equipa mais perigosa em campo. Logo de seguida, Pedro Ribeiro conseguiu escapar pela sua esquerda mas Paulo Nuno foi rápido a evitar que o 19 oureense provocasse estragos maiores. Na sequência da jogada Marco apontou um centro-remate que levou a bola a embater na trave de Quaresma.

Pouco depois, Francisco Moreira recebe ordem de expulsão. O defesa oureense viu o segundo amarelo num claro excesso de rigor por parte de Rodrigo Teles. A bola na trave e a redução a dez unidades consistiram nos momentos decisivos da partida, tendo consequências na quebra anímica dos oureenses, incapazes de tentar nova reacção.

Até ao final houve tempo ainda para Rodrigo oferecer novo golo. Desta feita foi Fábio quem teve apenas de encostar para o fundo das redes.

O resultado final acaba por ser justo na medida em que o Alcanenense fez por merecer os quatro golos apontados. Sustentada na excelente prestação de Rodrigo, a turma de José Torcato partiu para uma vitória dilatada. Contudo, do outro lado esteve um Atlético Oureense bastante atrevido e merecedor de um maior número de golos apontados.

O Atlético Ouriense volta a sua casa no próximo Domingo onde defrontará a formação oriunda de Samora Correia.


Saiba mais nas próximas edições dos jornais Notícias de Ourém e Especial Notícias

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Só eu sei...

De cara lavada e esperanças renovadas



No nosso clube surgiu mais uma vez na ordem dia a discussão sobre a viabilidade ou não de sustentar o ecletismo de modalidades, mantendo a fidelidade ao nosso percurso histórico. É sabido que o Sporting é um clube de grande tradição e sucesso no vasto leque das modalidades desportivas, vencedor quase sem rival no que ao conjunto de todas as modalidades diz respeito. Esta não é uma discussão fácil e é natural que mova paixões e ânimos, e que leve ao extremar de posições.

Deixo aqui, correndo o risco de ser criticado, a minha opinião pessoal: se todos temos acompanhado as notícias, sabemos todos o resultado que dá vivermos acima das nossas possibilidades, negligenciando o sentido da realidade e iludindo-nos a nós mesmos seja como indivíduos, como grupos, como civilização.

Eu penso, tal como Darwin não desdenharia, que devem sobreviver todas as modalidades que se consigam auto-sustentar, e acreditem que tal não significa qualquer desrespeito pela história e tradição do clube, ou falta de louvor para com a glória para ele capitalizada por qualquer modalidade no passado.

Entretanto aproveito mais um hiato nas competições para discorrer como adepto e numa perspectiva pessoal acerca daquela que penso ser neste momento a equipa ideal para enfrentar os próximos desafios.

Na baliza sugeria desde já uma nova oportunidade para Stojkovic: Rui Patrício já demonstrou qualidades e já evidenciou lacunas. Teve oportunidade de competir muitos minutos mas tem que sentir que ainda deve melhorar e trabalhar muito para tomar como garantida a titularidade. Na defesa apareceria Abel, Tonel, Polga e Caneira, porque o erro que Grimi cometeu frente ao Porto não deve torná-lo proscrito mas também não pode sair impune! No meio-campo apostaria em Miguel Veloso (porque com ele o futebol do Sporting ganha ritmo, inteligência, geometria e critério), e também em João Moutinho, Romagnoli e dependendo de quem estivesse em melhor forma e das características dos jogos, apostaria alternadamente em Vukcevic e Izmailov para a última vaga. Um Rochemback necessariamente em melhor forma seria alternativa para fases de gestão de jogo e resultado. Na frente promovia o regresso de Liedson e mantinha Derlei, pela dinâmica também defensiva da dupla. Yannick e Postiga seriam reservas de luxo, daquelas só possíveis numa equipa com grandiosas aspirações como a nossa.

Mas espero sobretudo um regresso determinado e confiante, de cara lavada e esperanças renovadas!!


Por: César Paisana Adão

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Dragão Dourado

O nosso triste fado






Mais uma “pequenina” paragem do campeonato. Esta “só” vai durar três semanas consecutivas. Sim, porque ao que parece a terceira eliminatória da Taça de Portugal é importante, por si só, para ser jogada no próximo fim-de-semana, e assim parar aquela que realmente é a prova mais importante do calendário português.

Erros de casting à parte, a verdade é que o F. C. Porto chega a esta fase da temporada em primeiro lugar da tabela. “O” seu lugar, por mérito próprio, desde há imensas temporadas para cá. Mais do que isso, já fez as duas viagens mais perigosas à capital, sem que tenha sido derrotado. Isso é muito importante para uma equipa, repetidamente recordada pelo seu treinador, em construção. Empatar na Luz e vencer em Alvalade, num espaço de três semanas, não está ao alcance de todos. A única nódoa dá pelo nome de Rio Ave. A pior exibição azul e branca para o campeonato, terá recordado aos jogadores portistas que os jogos só se ganham em campo. Com empenho e rigor, e não com exibições frouxas como a de Vila de Conde.

Na Europa, e apesar do atropelamento em Londres, a verdade é que o F. C. Porto está no segundo lugar do seu grupo de qualificação para os oitavos de final da liga milionária. Tem nos próximos dois jogos, ambos frente aos ucranianos do Dínamo de Kiev, a hipótese de dar um passo de gigante rumo à próxima fase da prova.
E agora podemos contar com um treinador mais competente. Sim, porque Jesualdo Ferreira foi um, dos muitos treinadores portugueses, que aproveitou esta paragem da Liga para estar presente numa pós-graduação da UEFA para treinadores de futebol.

Tudo para que possam, segundo o professor, estar “ao mesmo nível” dos demais técnicos europeus. Gostaria que isso fosse verdade, mas não acredito que uma simples graduação possa mudar por completo algumas mentalidades. Bem gostava de ter um Jesualdo ao nível de Lippi ou Capello, mas isso seria pedir demais. Quer a Jesualdo, quer à minha própria imaginação.

Mas o que realmente teve impacto este fim-de-semana foi sem dúvida o jogo da selecção portuguesa frente à Suécia.
O pior passou-se na conferência de imprensa de antevisão da partida, protagonizada pelo seleccionador luso, outro “professor”, Carlos Queiroz.

O seu discurso monocórdico e enfadonho é capaz de desmotivar qualquer um. Até mesmo os seus jogadores. Mas verdade seja dita: Para quem o sono for um problema, gravem uma conferência de imprensa deste senhor e vejam no momento adequado: é tiro e queda. Não que seja um devoto seguidor da nossa senhora do Caravaggio ou de analogias do género, mas a verdade é que a forma de o treinador abordar os jogos tem tremenda influência na resposta que os jogadores possam dar em campo. Mourinho é um belo exemplo disto mesmo.

E ia eu no meu terceiro sono quando de repente ouço o impensável: “Não somos favoritos e o empate já seria bom”. “O quê?”, exclamo, esfregando ainda os olhos. Portugal não é favorito? Hummm… Pensando como um português pensa: “Não temos Ricardo Carvalho, Deco, Maniche e Simão! Que vai ser de nós?”
E que tal olharmos para o outro lado da barricada? Frente a Portugal não jogaram Henrik Larsson, Wilhelmsson, Mellberg e Rosenberg. Entre estes quatro, estão “apenas” o jogador mais emblemático da Suécia e o capitão da selecção.

E se atentarmos aos jogadores que foram chamados por Queiroz para suprir as ausências acima referidas, constatamos que são todos jogadores que actuam em equipas de primeira linha europeia. E os suecos? Tiveram de reserva algum Quaresma, Danny ou mesmo Carlos Martins, que nem chegou a sentar-se no banco de suplentes? A resposta é simples: Não. Nem de longe nem de perto. Por alguma razão, Lars Lagerbak, seleccionador sueco, não fez qualquer substituição durante toda a partida.

O típico discurso mesquinho lusitano levou a que até Ronaldo, capitão de equipa, pensasse no empate como um resultado positivo. E se o capitão pensa assim, vai transmitir os mesmo sentimentos ao resto da equipa. É óbvio que quando se proferem estas opiniões, depois de uma derrota confrangedora em casa, e em vésperas de um duelo frente a um adversário directo no grupo, a própria confiança dos jogadores tende a ser abalada. E isso reflectiu-se na exibição da selecção. É certo que o árbitro também errou em alguns lances chaves, mas pelo que fez durante a partida, a selecção portuguesa não merecia sair com os três ponto de Gotemburgo.

Agora é esperar para ver o que Portugal consegue fazer frente à Albânia, na próxima quarta-feira. Depois, começa a contagem decrescente para a tão aguardada eliminatória da Taça de Portugal. A não perder.


Por: Flávio Pedrosa

sábado, 11 de outubro de 2008

Bola Aparte

Cultura em Portugal: peça de museu?


Apetecia-me, porventura, juntar-me às hordas ululantes que debatem a legitimidade do casamento homossexual naquilo que ainda consideram um Estado de Direito, e talvez o seja. Que sei eu dessas coisas? Sei que neste contexto é fácil e divertido para os nossos iluminati tolerantes e idealistas, darem largas ao seu amor pela liberdade numa teia interminável de lírica, frequentemente aborrecida. Portanto deixo esses bravos paladinos pelejarem por uma sociedade um pouco mais justa nesta linguazita de terra, uma que reconheça ao ser humano o direito básico de amar, e fazê-lo pública e legalmente. Eles que chacinem com as suas penas o dragão da ditadura da decência. Eu vou falar de outra coisa. Isso é o tipo de blogger porreiro que eu sou!

O estado dos museus em Portugal! Discussão prosaica e talvez impertinente, com tantas agulhinhas a ameaçar de todos os lados a frágil bolhinha social lusitana? Eu acho que não! Acredito que a crise que atravessam os nossos museus – porque sim, como tudo o resto aparentemente, também estão em crise – empobrece as nossas vidas numa míriade de maneiras imperceptíveis e agudiza o mal-estar geral.

Analisemos superficialmente esta situação! Que é que se passa com os museus em Portugal? Nós temos museus! Sabemos isso. Temos arte e património e portanto temos museus, e frequentemente ricos em espólio e adequadamente geridos. Também temos vontade de os visitar e entregarmo-nos ao pouco ócio intelectual que a nossa vida de formiguinha trabalhadora nos permite. Então porque é que os museus não nos parecem assim tão acessíveis? Qual é o problema?

Bah! Por onde começar? Vimos esta semana um destaque no Público sobre as dificuldades declaradas de umas quatro dezenas de museus, obrigados a fechar salas ou a não funcionar durante dois ou três dias por semana, devido a uma debilidade orçamental que não lhes permite pagar ao pessoal da vigilância e manutenção. Para além das carências em efectivos com qualificação técnica. Mas a questão da prática museológica em Portugal tem vindo, pelo menos desde o início do século passado (beneficiando muito pouco da República), a reflectir cristalinamente o nosso periferismo e atraso atávico.

A incipiência dos hábitos culturais do povo português é uma realidade. Temos pouco hábito de ir a museus e o poder de compra progressivamente reduzido, num país que ainda se debate com um problema de analfabetismo, gera uma situação social muito pouco conducente à fruição cultural, bem entendido. Mas isto é pálida explicação e não passa senão de um sintoma de um mal maior, de um cancro com metástases bem entranhadas na nossa sociedade.
Culpemos o governo, sim! Governos! Todos sistematicamente incapazes de apresentar uma política cultural integrada e sustentável, capaz de combater a indolência cultural e utilizar a cultura como o instrumento económico-social precioso e benéfico que sempre foi. Porquê apontar o dedo a toda uma sociedade civil quando é quase unânime a permanência de um problema de elites, como factor de crise e estagnação, ao longo de toda a história portuguesa.

O que temos, entre a falta de clarividência da nossa classe política e uma certa crise de subdesenvolvimento social e participação cívica, é uma política cultural fragmentada, pouco esclarecida, e muitas vezes paroquiana e centrada no próprio umbigo. Não vemos estabelecidos qualquer tipo de planos a médio ou a longo prazo, para o crescimento e promoção da acessibilidade das nossas instituições culturais. Na ausência de uma verdadeira política museológica, preferiu-se a realização de “eventos” de grande visibilidade, sempre efémeros e com magros frutos para o futuro. É a utilização da cultura pelo poder, em acções pontuais, ostentosas e caras, no sentido óbvio da auto-promoção. E corta-se a fita e descansa-se depois de um trabalho bem feito. Ridículo.

Deste governo não me irei sequer pronunciar. Se enveredo por aí acabo a destilar ódio de maneira pior que aquele olho maligno do Senhor dos Anéis. A verdade é que não vimos um esboço de intervenção neste sector que não fosse no sentido de o estrangular. E a negociação pelo destino da colecção Berardo só demonstrou a absoluta impotência deste Ministério da Cultura em fazer algo pelos portugueses neste sector tão importante das suas vidas.


Por: Francisco Adão

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Onda Vermelha

Uma equipa em crescimento e a falta de ambição





O Benfica passou à fase de grupos da Taça Uefa depois de uma bela exibição frente à equipa italiana do Nápoles.

Tendo em conta os últimos anos, o Glorioso parece ser uma equipa mais compacta, com uma melhor preparação e não tão dependente de um ou outro jogador, ou seja, funciona como uma equipa e não vive de momentos de inspiração das suas unidades mais influentes.

Na quinta-feira à noite, com transmissão em directo e exclusivo no novo canal Benfica, a nossa equipa deu uma alegria aos seus associados com a passagem desta eliminatória, pois já era habitual para os lados da Luz darem-se mal com o futebol matreiro e calculista dos italianos.

Na primeira parte, o Benfica teve muita posse de bola mas as oportunidades mais falgrantes acabaram por pertencer aos homens que vieram de Itália que quando chegavam à baliza encarnada faziam-no com grande perigo e intencionalidade, mas a sorte protege os audazes.

Na segunda parte, o Benfica entrou mais dinâmico e determinado conseguindo materializar a sua superioridade por volta dos 57 minutos depois de um excelente passe de Katsouranis, a isolar Reyes, que desferiu um excelente remate sem hipóteses para o guarda-redes Gianello.

O mais difícil estava feito e, como é costume das equipas portuguesas, o Benfica poderia ter recuado no terreno defendendo a vantagem na eliminatória, mas isso não aconteceu devido às substituições de Quique, trocando simplesmente jogador por jogador, não alterando a estratégia inicial. Essa situação viria a dar frutos por volta do minuto 82, após uma excelente cabeçada do nosso capitão Nuno Gomes, resultado de um prefeito cruzamento do recém entrado Carlos Martins.


Na segunda-feira, o Glorioso deslocou-se até à cidade de Matosinhos para defrontar o Leixões, com a probabilidade de se juntar ao FC Porto no topo da classificação.

Talvez por isso, e por sentirem essa pressão, os homens comandados por Quique entraram bastante mal no jogo, sentindo muitas dificuldades em parar o ataque leixonense e o sempre perigoso Wesley. De realçar as excelentes intervenções de Quim neste momento.

Estavam decorridos cerca de oito minutos quando Reyes saiu lesionado entrando para o seu lugar Di Maria.

O Benfica acabaria por inaugaurar o marcador, por volta dos 32 minutos, através do goleador Cardozo contra a corrente do jogo.

Este golo resultou de uma jogada bastante confusa e polémica, pois antes do golo, existe uma clara grande penalidade a favor do Benfica. E e os leixonenses, também logo de seguida, reclamam uma falta de Carlos Martins à entrada da grande área, que não é assinalada. A bola sobra para Katsouranis, que faz um passe para Cardozo e este disfere um remate portentoso sem hipóteses para o guarda redes Beto.

O Benfica saiu para o descanso a ganhar por 0-1 sem ter feito muito para o merecer.

A segunda parte foi toda dominada pelo Leixões, pois o Benfica abdicou de atacar e essa situação viria a pagar-se cara tendo o Leixões chegado ao empate por volta dos 88m, depois de um pontapé de canto apontado por Hugo Morais ao qual Wesley responde com um forte cabeceamento beneficiando da falta de marcação de Yebda.

Em suma, poderei dizer que o resultado foi justo, pois um equipa como o Benfica candidata ao título não poderá defender um resultado remetendo-se simplesmente à defesa e não criando nenhuma oporunidade de golo, deixando o Leixões dominar a seu belo prazer.

Ao contrário do que é habitual, a meu ver Quique Flores não esteve feliz nas substituições operadas o que fez com que o Benfica defendesse mais atrás e perdesse os poucos elementos criativos que tinha dentro do campo.

Esperemos por novas alegrias e havemos de chegar ao primeiro lugar! Basta acreditar!
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Águia da semana: Reyes


Por: António Pereira

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Só eu sei...

Esta é por conta da casa!

Foto: M.A. Lopes/ Lusa

Uma confissão inicial: este vosso cronista, mesmo que quisesse, estaria impossibilitado, por questões geográficas e logísticas, de se deslocar para ver ao vivo o Sporting, e desta forma assiste aos jogos confortavelmente sentado no sofá de sua casa. Desta forma salvaguarda-se desde logo de fazer a triste figura de ver os jogos entre uma massa adepta que se dá ao luxo de assobiar e reprimir a sua equipa em casa, ainda para mais num jogo para a Liga dos Campeões onde é imperativa a necessidade de ganhar.

As críticas dos adeptos situam-se sempre no domínio do irracional, e ou exigem despedimentos e afastamentos da equipa, ou lhe proclamam o apoio cego e incondicional: no meio termo estará sempre a verdade, que possui sempre uma sede própria para ser exprimida.

Antes de mais expresso uma profunda felicidade pelo cumprir da obrigação frente ao Basileia, que nos põe na rota de um objectivo expresso, que especialmente compartilho como ponto de honra: passar além da fase de grupos da mais prestigiada competição mundial de clubes.

Quanto ao jogo frente ao Porto, quero desde logo expressar o meu profundo desagrado pela infantil iniciativa de Polga de cometer aquela falta absolutamente desnecessária à entrada da área, apenas uma semana após termos perdido contra outro rival directo por meio de dois erros evitáveis cometidos na sequência de lances de bola parada.

Rochemback, cujo nível competitivo anda pelas ruas da amargura quase desde o início do campeonato voltou a ser uma peça a menos no xadrez do nosso meio-campo, e quanto à perda de bola de Grimi no lance que degenerou no primeiro golo do Porto, só pode ser classificada com um termo: patético!

Vamos lá a colocar as questões de forma séria: o Sporting quer realmente ser campeão nacional, apostando no primado da experiência e continuidade, mas cometendo este tipo de erros e reincidindo na desconcentração, no falta de auto-controlo, na inconsistência nos momentos decisivos, na falta de concentração e clarividência, na falta de garra, no desleixo?

Traído pelas minhas próprias palavras, numa rara premonição do tom da troca de palavras da semana que se seguiria, reconheço aqui que o pagamento da factura fica mesmo por conta da casa!

A partir daqui, é pensar que antes de mais uma paragem competitiva já abdicámos da liderança no campeonato, mas nada se encontra irremediavelmente perdido, desde que haja a noção de que um campeão não facilita e joga duro, feio e pragmático nos momentos certos, e comete poucos ou nenhuns erros desnecessários. Veja-se a forma como o Porto jogou: aceitou ser subjugado em vários momentos do jogo mas foi sempre venenoso e objectivo, foi humilde, nunca se desuniu e fez uma gestão perfeita dos ritmos do jogo, desdobrando-se de forma imaculada consoante possuísse ou não a bola!

Fica um voto de força para o reinício de competição, deste sportinguista que não deixa de acreditar!

Leão da semana: João Moutinho


Por: César Paisana Adão

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Dragão Dourado

Do inferno ao céu em apenas uma semana

Foto: fcporto.pt



Foi uma semana atribulada, a última vivida no reino do dragão. Ao desastre de Londres seguiu-se uma exibição muito conseguida em Alvalade, resultando a mesma numa vitória vital para as aspirações azuis e brancas para o campeonato nacional.
Frente ao Arsenal assisti à pior exibição do F. C. Porto, desde que me lembro de ver os dragões jogarem. Foi mau de mais para ser verdade. Foram 4-0, mas podiam ser sete ou oito que o resultado seria também justo.

Pior que isto tudo só mesmo as atitudes de Jesualdo Ferreira. Durante todo o jogo, e mesmo aquando da constituição do onze inicial, se percebeu que o jogo em Inglaterra servia acima de tudo para preparar a equipa para o jogo deste fim-de-semana. A saída de Fernando ao intervalo, e de Raul Meireles no decorrer da segunda parte mostraram isso mesmo. Podem-me dizer agora que o professor fez bem porque conseguiu vencer o Sporting, mas eu não consigo pensar assim. Fui “educado” pelo próprio F. C. Porto a “encarar” cada jogo como se de uma final se tratasse. O único objectivo do clube é vencer! Seja que partida for. E ver o campeão nacional ser trucidado pelo Arsenal, sem que o treinador portista fizesse algo para inverter o sentido do jogo, doeu-me imenso.

Passado o pesadelo europeu, o plantel do F. C. Porto começou a preparar o jogo de Alvalade com todo o afinco. E acima de tudo, com muita confiança. Mesmo depois do acidente a meio da semana, jogadores e treinador uniram-se, e gritaram, em uníssono, “presente” nesta liga. Afinal, o campeão tem sempre de ser levado em conta.

E que jogaço fez a equipa portista. Nuno substituiu Helton na baliza, sem que se fizesse muito alarido no seio da massa adepta azul e branca. Não só porque a mudança foi forçada, mas também porque há muito que valor de Nuno deixou de ser posto em causa. São cada vez mais aqueles que começam a questionar, se o português não deveria ser mesmo titular, no lugar de Helton, nas partidas oficiais.

Depois, o F. C. Porto contou com uma dupla de centrais muito coordenados. Rolando e principalmente Bruno Alves estiveram intransponíveis, contribuindo para que o Sporting fosse inofensivo no decorrer de toda a partida. Não fosse a barra e a falta de pontaria dos jogadores azuis e brancos, e a vantagem seria ainda mais dilatada.
Finalmente Jesualdo “venceu” Bento. Desta feita, a superioridade exibicional deu lugar a golos e pontos para o dragão.

PS: Este post sriptum é mais um grito de revolta. Fim ao “reinado” de S. Lucílio. Esse elemento nefasto para qualquer partida que se queira bem jogada. Neste jogo há que se dizer que não errou nos “lances chave”, mas as constantes interrupções e inconstâncias técnicas deixam enfurecido qualquer adepto. Como é possível assinalar-se um penalti e não castigar o jogador com um cartão amarelo (no caso Tomás Costa)? Como é possível não ter visto mais uma entrada suicida de Tomás Costa, não tendo sequer sancionado a falta? Como é possível não expulsar Derlei por entrada duríssima sobre Sapunaru? E como teve coragem de, depois desse mesmo lance, ter admoestado o jogador agredido com um cartão amarelo? E as constantes paragens inusitadas do encontro? E as atitudes arrogantes que tem com os jogadores?

O futebol felizmente evoluiu, mas há ainda agentes no meio que não acompanharam essa mudança. Mesmo errando para ambos os lados hoje, foi com “o coração nas mãos” que vi os últimos minutos da partida. Não fosse S. Lucílio intervir divinamente e tirar da cartola mais uma decisão iluminada pelos deuses.
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Dragão da semana: Bruno Alves

Por: Flávio Pedrosa

Bola Aparte

Vamos tropeçar?


Conto-me entre os largos milhões de pessoas que sofrem dessa tão moderna e debilitante doença que é a Insónia. É uma condição eminentemente adequada aos acelerados tempos que vivemos, e não deixo de a ver sem uma ponta de romantismo – é uma alma complexa e inquieta aquela que não permite ao corpo repousar – até pela ilustre companhia que encontramos no grupo dos que sofrem desta mazela espiritual. Entre o apagar da luz e o começo do sonho, por vezes longas horas se estendem, horas em que me entrego a um escrutínio masoquista de todos os aspectos da minha vida e pessoa. Não sendo um indivíduo, nem de longe, assim tão interessante e multifacetado inevitavelmente aborreço-me. Aborreço-me morbidamente. E esse tédio cedo se transforma numa ansiedade miudinha e difusa, que ainda mais afugenta o sono revitalizador. É uma tortura, garanto. E enfrentar o mundo com duas e três de sono só entristece a situação.



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Não tenho a cura para a Insónia. Não recomendo álcool nem drogas. Cada um acaba por desenvolver as suas estratégias: leitinho e o último romance da Agustina fazem maravilhas, ouço dizer. Mas a questão mantém-se: o que fazer nestas horas de interminável vigília? Livros, música, cinema – It's all good! Mas o que mais costumo fazer é tropeçar pela Internet. Digo tropeçar com relativa literalidade. STUMBLE, na língua de Shakespeare.

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Stumble Upon não é uma novidade para os Web Nerds. Trata-se de uma comunidade virtual, absolutamente gratuita, em que o utilizador se liga, dá os seus dados (não são muitos os obrigatórios) e traça o seu perfil de gostos, interesses e apetências. Convém pormenorizar para uma utilização mais adequada à sua personalidade. Instala uma pequena e bem desenhada barra no seu browser et voilà: STUMBLE. Ao clicar do botão deslocamo-nos com velocidade pelo mar cibernáutico, sempr desembocando em contéudo mais ou menos cadunado ao nosso perfil, e cuja qualidade foi já classificada pelos outros utilizadores. Este trabalho de rating – que fazemos clicando num polegar para cima ou para baixo – é o único tipo de reciprocidade que a comunidade implicitamente pede. O mau conteúdo que vai sendo adicionado é atirado para o fundo da pilha, enquanto o mais bem cotado é o primeiro a aparecer. Podemos restringir a procura a imagens, vídeo ou estendê-lo a todo o tipo de site. Quem tem mais de 18 anos poderá tirar o filtro X-rated e receber o acasional material erótico, sempre de bom gosto. Depois são horas de furioso surf informático, sem nunca nos encontrarmos errantes desgovernados na imensidão intimidante da Web. Queremos mais e melhor, é carregar no botão e ver em que tropeçamos a seguir.
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Foi até criado um sistema similar para material pornográfico. Chama-se BTP – Bring The Porn. É um admirável mundo novo.


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Por: Francisco Adão

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Os cinco são só dois

Vitória foi um dos eliminados. Sucumbiu no prolongamento


Quem de cinco tira três. Foi esta a equação necessária para sabermos quantos emblemas portugueses entravam na fase de grupos da UEFA Cup.
Somente Benfica e Sp. Braga almejaram tal intuito. Para trás ficaram o Marítimo e os dois Vitórias.

O Benfica teve a sua noite mágica. A equipa de Quique está em crescendo. Depois de derrotar o Sporting foi a vez de despachar os napolitanos. Estes nem começaram mal a partida. A primeira parte foi pródiga em sustos para a baliza de Quim. Que o digam Zalayeta e Lavezzi. Mas o Benfica soube sofrer e aguentar o ímpeto italiano, arrancando para um segundo tempo de sonho. Reyes e Nuno Gomes permitiram que o inferno da luz explodisse em festejos.

O Sp. Braga de Jesus, continua o seu passeio pela Europa em beleza. Seis jogos/seis vitórias e zero golos sofridos. Quanto ao Vitória vizinho, realizou (mais uma vez) aquele que poderia ter sido o jogo da sua história. Douglas e João Alves igualaram a eliminatória ainda antes do intervalo mas os minhotos sucumbiram ao jogo aéreo de Crouch, já no prolongamento.

O Valência de Emery não ganhou para o susto com este Marítimo. Os madeirenses são um verdadeiro mistério. Na Liga Sagres revelam-se uma equipa amorfa e sem ideias, na UEFA foram capazes de subjugar os ché por vários períodos das duas mãos.

Daúto Faquirá trouxe da Holanda uma mala cheia de golos mas também a certeza de que se o seu Vitória tivesse encarado os 180 minutos da eliminatória como o fez nos últimos 30, as crónicas rezariam outra história, outros protagonistas.

Na próxima Terça-feira terá lugar o sorteio da fase regular da UEFA Cup. Benfica e Sp. Braga ficarão à espera de conhecer os seus quatro adversários.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Onda Vermelha

Vitória moralizadora



No dia 27 de Setembro, pelas 20h45m, disputou-se o jogo Benfica-Sporting, um derbie sempre apetecível e com grandes tradições no futebol português.

Foi com alguma apreensão e receio que vi a equipa escolhida por Quique Flores para iniciar este derbie. No onze, do treinador benfiquista, estava exactamente a mesma equipa que tinha defrontado o Paços de Ferreira na segunda-feira, na qual constavam dois centrais muito jovens, Miguel Vitor e Sidnei, jogadores com pouca experiência neste tipo de jogos. E como se isso não bastasse a permanência do lateral esquerdo Jorge Ribeiro. A verdade seja dita, Quique arriscou e ganhou a aposta, pois venceu o jogo, mas na minha perspectiva, um jogador como Léo, que sempre se cotou como um jogador regular e com grande rendimento, causa alguma estranheza ficar de fora, mas isto é um treinador de bancada a comentar!

Paulo Bento, revelou ter estudado bem a estratégia e, logo de início, mostrou vontade de explorar a inexperiência dos nossos jovens centrais, praticando um futebol diferente do usado normalmente pela equipa leonina, optando por um futebol mais directo e objectivo. Esse tipo de futebol, nos primeiros minutos, fez o Benfica passar por algumas dificuldades, aparecendo algumas vezes, quer Postiga, quer Yannick, em posição priveligiada para golo. Logo no primeiro minuto, Yannick, teve uma oportunidade claríssima de fazer golo, mas atirou por cima da baliza de Quim.

Após o Benfica acertar nas marcações, assistimos, no resto da primeira parte, a um futebol muito táctico e com poucas oportunidades de golo para as duas equipas, com destaque para as exibições de Reyes e Postiga, a quererem quebrar a monotomia do jogo.

Na segunda parte, o jogo continuou na mesma toada, bastante disputado a meio campo e com poucas oportunidades de golo.

Ao intervalo, o treinador Quique, retirou Ruben Amorim e lançou no jogo o experiente médio, Katsouranis, que transmitiu uma maior segurança ao meio campo encarnado.

A todas as jogadas mais perigosas desenhadas pelo Sporting, o guarda-redes Quim respondeu com grande segurança e autoridade ao contrário do que vinha sucedendo nos últimos jogos.

O jogo foi decorrendo com grande equilíbrio até que aos 59 minutos o treinador Quique substituiu Nuno Gomes por Aimar. Com a entrada de Aimar, o Benfica ganhou outro perfume e passou-se a praticar um futebol mais agradável. Seria o argentino a oferecer o golo, ao espanhol Reyes, por volta dos 67 minutos , depois de uma excelente combinação entre os dois.

Quando se esperava a reacção do Sporting, o argentino Grimi comete uma falta sobre o compatriota Aimar, que viria a resultar no segundo golo do Benfica. A falta, uma espécie de canto mais curto, foi cobrada pelo jogador Carlos Martins, que coloca a bola na cabeça do defesa central Sidnei, que marca o segundo golo aos 71 minutos.

Com cerca de dezanove minutos para jogar, o Sporting tentou reagir, mas o tempo era escasso e o Benfica soube gerir a situação em que se encontrava, não sofrendo o marcador mais alterações.

Em suma, poderei dizer que o Benfica foi um justo vencedor e foi premiada a maior eficácia do Benfica.

Jogador da semana: Reyes

Por: António Pereira