sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Só eu sei...

Sempre a cumprir




As recentes vitórias do Sporting sobre Basileia e Marítimo revelam uma equipa ciente da sua missão, rotinada nos seus processos, mas que hesita em conferir ao seu futebol brilho e exuberância. Ambas as vitórias foram conquistadas com uma enorme simplicidade de métodos mas com um excessivo sentido de gestão, que tem degenerado numa acalmia de ritmos de jogo.

Se os jogadores têm por um lado percebido que sendo rigorosos do ponto de vista defensivo e venenosos na dimensão ofensiva podem facilmente manietar os ímpetos dos conjuntos contrários, tal não significa que não possam ser virtuosos e esforçados do primeiro ao último momento de jogo. E Paulo Bento deixou este recado bem entregue nas suas recentes declarações à comunicação social.

Contra o Basileia, retenho o encaixe monetário proporcionado pela vitória, bem como os 3 pontos que nos permitiram ser das mais produtivas equipas da fase de grupos da Champions na presente temporada, porque a exibição foi pálida e anódina, reveladora até de uma preocupante falta de entusiasmo. A rever.
Contra o Marítimo bastou o aproveitamento do caudal ofensivo criado, mas perpetuou-se a já referida anemia.

Mas se existem factores a rever, factores esses que me parecem resultar da forma anímica da equipa, também existem boas indicações: a equipa tem o seu sistema de tal forma interiorizado que já sente facilidade em enlear o adversário na sua rede, deixando-o sem soluções, sendo que apenas variam as zonas em que pressiona, altas quando precisa de marcar e adiantar-se no marcador, baixas quando deixa a iniciativa à equipa contrária, normalmente já ferida.

No modo da pressão em zonas recuadas percebe-se que a equipa já entrou em fase de gestão de ritmos, continuando no entanto desperta para o contra-ataque com recuperações e lançamentos rápidos. O que tem que ser revisto é a intensidade com que a equipa desempenha este segundo sistema!

Do ponto de vista individual percebe-se que pelo momento de forma que atravessa, Abel será apenas uma alternativa a Pereirinha. Djaló cumpriu com facilidade a sua missão, com golos, assistências e pormenores de luxo, sempre rápido e incisivo. Só não entendo a sua recente relutância em festejar golos. Já Adrien Silva mostrou que com um pouco mais de ritmo pode ser um excelente operário de meio-campo: preciso nas marcações, dotado nas recuperações e com apurado sentido ofensivo!

Leão da semana: Yannick Djaló

Por: César Paisana Adão

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Onda Vermelha

Marco(s), rumo à liderança!





O Benfica deslocou-se ao estádio dos Barreiros para defrontar o Marítimo em jogo da 11ª jornada da Liga Sagres.

Os encarnados vinham de dois resultados menos conseguidos, um deles para a Taça Uefa, e outro para a Liga Sagres. Resultado disso mesmo foi o aparecimento do guarda redes Moreira em detrimento do habitual Quim.

Por estas razões, o jogo revestia-se de grande importância e significado para os lados dos homens da Luz e com a agravante de o Benfica saber que, Sporting e Porto, já tinham cumprido a obrigação ao vencerem os jogos desta jornada.

A equipa de Quique, ao contrário do que se esperava, entrou em campo desinibida e com ganas de vencer. Apesar de ter uma ou duas oportunidades antes disso, a tarefa do Glorioso ficou mais facilitada, a partir dos 20 minutos, com a grande penalidade cometida por Marcos, sobre o sempre rápido e possante David Suazo. A partir dos 21 minutos, a equipa maritimense ficaria a perder por 0-1 e reduzida a 10, com a consequente expulsão do guarda redes Marcos.

Como nos últimos jogos já se tinha verificado essa situação, o meu maior receio, e talvez de todos os adeptos benfiquistas, foi que o Benfica descansasse sobre o resultado alcançado e sobre a superioridade numérica. Mas parece-me que os últimos dissabores para a equipa encarnada serviram para pelo menos não cometerem erros do passado recente e foram uma equipa sempre em busca constante de golos e defendendo com confiança. Na minha opinião, o ressurgimento, após lesão do defesa Luisão, contribuiu e muito para que a equipa estabilizasse e se tornasse mais segura e com confiança.

O Benfica acabaria por ver premiada a sua ambição e audácia e venceria o Marítimo por 0-6, com jogadas bem desenhadas e com aplicação máxima durante todo o jogo.

Em suma, o Benfica foi um justo vencedor e saiu da crise que parecia atravessar. É verdade que a tarefa foi facilitada com a expulsão do guarda redes Marco, mas também já vi muitas equipas a jogarem contra dez e não conseguirem aproveitar essa situação e perderem essas mesmas partidas.

Os homens comandados por Quique foram justos vencedores e espero que este resultado seja a rampa de lançamento para uma estabilidade que ainda não foi alcançada. E que o primeiro lugar alcançado este fim de semana se mantenha até ao fim do campeonato!

Por último, gostaria de salientar a influência crescente de David Suazo na equipa do Benfica, pois foi a chave para a resolução deste jogo. E presença do nosso Rui Costa no banco! Espero que seja para continuar !

Águia da semana : David Suazo

Por: António Pereira

Só eu sei...

Ponto de equilíbrio




O triunfo conquistado fora frente ao Estrela da Amadora vem provar que a equipa já descobriu a fórmula do sucesso e a alquimia que lhe permitirá lutar pela conquista do campeonato nacional, faltando apenas refinar e mecanizar progressivamente os procedimentos. Mais do que ter descoberto o seu ponto de equilíbrio a equipa mostrou carácter e frieza na forma como reagiu à desvantagem.

Se parece certo que o Sporting possui um modelo de jogo próprio cimentado, e que vai mostrando muito trabalho e qualidade táctica, bem como maturidade na gestão dos ritmos de jogo, também começam a parecer certas as melhores opções para cada lugar.

Pereirinha deve manter a titularidade na direita, face à regularidade, empenho e qualidade que vem demonstrando, e Caneira, embora tenha constituído opção forçada, também me parece ser a melhor solução para a esquerda da defesa, pela consistência defensiva e entrosamento no ritmo e filosofia colectivas. Já o regresso de Vukcevic vem complicar de forma positiva as escolhas ofensivas, e este começará a ser sem dúvida o maior dilema de Paulo Bento.

Feitas as normais felicitações à equipa pelo desempenho táctico maduro que exibiu, debruço-me apenas um pouco sobre o regresso do montenegrino à equipa. Vukcevic é naturalmente bem-vindo pelo acréscimo inegável de qualidade e sobretudo pelo empenho que coloca nos lances, e deixo votos para que já tenha também descoberto o seu equilíbrio emocional. Mas quero deixar sobretudo os meus sinceros parabéns pela forma calma e coerente com que toda esta crise foi gerida pelas figuras de proa do nosso universo futebolístico. Uma palavra especial para Pedro Barbosa, que parece perpetuar nas suas novas funções a classe que já exibira enquanto jogador: calmo, ponderado, de discurso fluente, Pedro Barbosa tem sabido gerir silêncios e tempos certos de intervenção. Esperemos que por agora tenham acabado os rabos de palha aproveitados pela imprensa desportiva de grande tiragem para causar instabilidade na nossa equipa.

Gostaria de deixar claro que considero importante que frente ao Basileia a equipa lute pela vitória de forma convicta e determinada, não só pelas óbvias compensações financeiras envolvidas, aliás fundamentais para o Sporting de hoje, mas porque é importante defender permanentemente o prestígio do clube, para mais no âmbito da mais importante competição de clubes do mundo!
Faço ainda votos para que a lesão de Liedson não seja grave!

Leão da semana: Vukcevic

Por: César Paisana

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Franceses conquistam Fronteira




O trio composto pelos pilotos Thierry Charbonnier, Nicolas Gibon e Yves Fromont, alcancançou a vitória na prova mais importante do todo-o-terreno português. O triunfo volta a confirmar o domínio imposto pelos gauleses nesta competição.

Depois de uma fase inicial em que a formação liderada por Rui Sousa ainda comandou a prova com a Isuzu D-Max, bem se pode dizer que esta 11.ª edição das 24 Horas Vodafone-Vila de Fronteira teve duas equipas largamente protagonistas no comando da corrida.

Uma delas, a formação portuguesa da Paddock Competições e que incluía Adélio Machado na companhia de Jean-Claude e Ronald Basso e Julien Menard, rodou sempre nas primeiras posições e durante seis horas liderou os acontecimentos, conseguindo uma vantagem na 22.ª hora de corrida que parecia ser suficiente para garantir o triunfo.

No entanto, o jovem Ronald Basso não conseguiu evitar o estado traiçoeiro da pista, com muita lama depois das intensas chuvadas do fim-de-semana, tendo um espectacular despiste em plena recta da meta, embatendo num separador de cimento e arrancando as rodas da frente, colocando ponto final numa actuação que merecia outro prémio.

O infortúnio de Basso permitiu a Charbonnier/Gibon/Fromont a subida ao primeiro lugar, também eles protagonistas de uma prova muito positiva e praticamente isenta de problemas, numa altura em que os pilotos franceses souberam gerir muito bem a sua vantagem, controlando de forma perfeita os acontecimentos, merecendo amplamente a vitória, num triunfo que tem algo de português, pois a viatura vencedora, o Bowler Wildcat 200 foi construído de base na Paredecar, na linha do Estoril.


Na segunda posição concluiu a formação de Pedro Lamy/Ricardo Leal dos Santos/Serge Finkelstein/Jean-Marc Schmit, aos comandos de um Schmit-Peugeot, um 206 ex-WRC preparado pelo técnico da equipa oficial da marca francesa, de que Lamy faz parte. «Foi uma experiência muito curiosa», admitiu Pedro Lamy, «com as condições da noite a serem muito difíceis. Só conduzi na parte final da prova e não deixa de ser estranho para quem está habituado a andar nos limites, como eu, ter de optar por uma cadência de compromisso, pois a pista estava muito escorregadia e a minha experiência neste tipo de terreno é praticamente nula. E mesmo assim ainda apanhei uns sustos...»

O terceiro lugar foi para a equipa da Letónia, Andris Dambis/Maris Saukans/Igors Skoks, no Oscar 24, que teve problemas iniciais com a suspensão traseira, facto que os atrasou bastante, tendo conseguido entrar nos dez primeiros à 16.ª hora, para iniciarem depois uma recuperação que os levaria ao último lugar do pódio.

Onda Vermelha

O esperado aconteceu!



Como já tinha referido, nas minhas anteriores crónicas, o Benfica, apesar de vencer os seus adversários , não me convence.

E no último jogo a contar para a fase de grupos da Taça Uefa, o que eu temia aconteceu.

O Benfica deslocou-se à Grécia para defrontar o Olympiacos e saiu vergado perante uma vitória dos gregos por 5-1.

Perante tão vergonhosa derrota, só nos resta acreditar que este jogo foi um simples desvio do caminho que o Benfica deve trilhar. Mas para isso é necessário que haja concentração por parte do onze escolhido por Quique Flores e não acontecer o que vimos na última quinta-feira, ou seja, uma equipa desconcentrada, desmotivada e, pareceu-me, resignada perante o avolumar do resultado.

Uma situação que me causou alguma estranheza foi o treinador Quique Flores, ao intervalo, não ter mexido na equipa, apesar da fraca e humilhante exibição dos encarnados. A meu ver, o treinador Quique devia ter mexido logo muito cedo na equipa e assumir o seu erro quanto à escolha do onze.

Neste jogo era fundamental ter alguém com alguma criatividade no meio campo e não se compreende como, tendo jogadores como Carlos Martins e Katsouranis no banco, jogaram Yebda e Binya de início. Tal até poderia ter resultado, mas ao ver o rumo do jogo como é possível não alterar esta situação?

É verdade que neste jogo o Benfica não pôde contar nem com Aimar nem com Luisão, mas nem este facto justifica esta negra e triste noite em Atenas.

Assim, esperava que esta exibição fosse esquecida, na segunda-feira, com o Vitória de Setúbal e com a possibilidade de com o empate do Leixões, o Benfica ascender ao primeiro lugar da Liga Sagres.

Como já estou habituado desde há muitos anos em todos os momentos cruciais, o Benfica falha. É nestes momentos decisivos que as equipas mostram o estofo de campeão e o Benfica recebeu no domingo o Vitória de Setúbal e bastava-lhe vencer para ascender ao primeiro lugar do campeonato, mas nem essa motivação extra chegou para galvanizar os encarnados para uma exibição convincente.

O Benfica empatou este jogo com o Setúbal e é importante realçar que o resultado é inteiramente justo. Uma equipa que aspira ser campeã não se pode limitar a jogar quinze minutos para virar um resultado e depois descansar sobre o resultado alcançado.

Quanto ao nosso guardião Quim parece-me que chegou a hora de descansar uns jogos no banco de suplentes pois tem realizado exibições pouco convincentes e não transmite segurança aos seus companheiros e o Benfica possui no seu plantel três guarda-redes de grande qualidade.

Em suma, poderá dizer-se que o Benfica não está a passar por uma boa fase e continua a praticar um futebol pouco convincente, mas como benfiquista acredito que melhores dias virão e que esta equipa ainda nos dará muitas alegrias. Espero que este último empate sirva de lição para o futuro e que percebam que gerir uma resultado tagencial limitando-se a defender é muito arriscado e isso às vezes paga-se caro.

Jogador da semana: Suazo

Por: António Pereira

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Só eu sei...

Semana irregular





A semana do Sporting foi marcada por altos e baixos, o que não é desde logo um sinal positivo. Mas procuremos ir por partes sem os dispensáveis dramatismos.

Contra o Barcelona, com a qualificação já garantida, nada correu bem à equipa, que nada fez também para se salvaguardar dos infortúnios. Os jogadores parecem não ter tirado qualquer ilação do jogo da primeira volta, descurando a importância da preparação mental e da atitude em campo. Tímidos, expectantes e reverentes, os jogadores do Sporting não foram agressivos a defender e acordaram tarde do seu estranho e reprovável torpor. Quando finalmente ousaram ser iguais a si próprios a sorte do jogo já estava do lado dos audazes.

Uma vez que o Sporting estará nos oitavos da Champions, que tenha pelo menos a sabedoria de agregar a experiência até aqui capitalizada, incorporando a ideia de que sem alma, rigor nem audácia só um improvável milagre permitirá vencer qualquer adversário que se siga.

Contra o Guimarães a questão é naturalmente diferente: a equipa soube construir um triunfo que jamais foi posto em causa. Correndo desde o primeiro minuto com intensidade e objectivos definidos o Sporting já conseguiu, a espaços, mostrar virtuosismo e compatibilizar o futebol exuberante com o necessário rigor táctico. A pressão surgiu desde os avançados, e a equipa do Guimarães jamais conseguiu progredir, porque a capacidade de antecipação e os níveis de agressividade dos jogadores do Sporting cortaram todas as ligações entre linhas. De resto, a já normal gestão de ritmos de jogo, a eficácia nos momentos certos e a concentração táctica garantiram de forma natural a vitória.

Quero desde já destacar o momento de forma de um jogador que aprecio particularmente: Pereirinha tem feito jogos absolutamente irrepreensíveis na lateral direita, e estou certo que poderia aplicar exactamente a mesma qualidade em qualquer posto do meio – campo. Com uma qualidade técnica apurada e um rigor táctico inusitado num jogador da sua idade, Pereirinha parece respirar futebol, tal a naturalidade e qualidade com que o faz.

E para os indefectíveis defensores de que o estilo do Sporting de Paulo Bento não está vocacionado para possuir veia goleadora, aí está a resposta: 3 golos contra nenhum, perante uma das mais complicadas formações do nosso campeonato.

Pena que a beleza do jogo tenha ficado manchada com o facto de aos 6 minutos de jogo já existir uma grande penalidade por assinalar a favor do Sporting, e um cartão vermelho directo por exibir a um jogador do Vitória de Guimarães. Quanto ao lance que todos sabemos vou inclusivamente abster-me de comentar.


Leão da semana: Bruno Pereirinha


Por: César Paisana Adão

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vieira atira-se à ZON




Luís Filipe Vieira teceu duros reparos à administração da ZON. Na inauguração da Casa do Benfica de Castelo de Vide, o presidente dos encarnados não poupou nas críticas a Rodrigo Costa, presidente da ZON tv, a quem acusou de ser um obstáculo à entrada da Benfica tv naquele grupo de comunicação.

O líder encarnado já avisara não ter gostado da maneira como a ZON, empresa de multimédia, conduziu o processo negocial de aquisição dos direitos televisivos dos jogos de futebol do Benfica.

No passado Domingo, Luís Filipe Vieira voltou a criticar a atitude de Rodrigo Costa, presidente da ZON tv. Foi durante a cerimónia de inauguração da Casa do Benfica de Castelo de Vide que o presidente dos lisboetas usou de um discurso inflamado para acusar Rodrigo Costa de não ter "sabido interpretar as condições de negócio propostas pelo Benfica".

Perante uma plateia de cerca de quatro centenas de adeptos, Luís Filipe Vieira afirmou que “talvez com outro presidente ou com outra direcção, a ZON já tivesse assegurado os direitos de transmissão da Benfica TV”.

Na origem destas polémicas estão as dificuldades de negociação entre a administração do clube e a ZON. Para Vieira, Rodrigo Costa “sabe quais são as condições para entrar no Benfica: boa-fé nas negociações e pagar o justo valor pela marca Benfica”.

A emissão da partida entre os encarnados e os gregos do Olympiakos, referente à Taça UEFA, foi realizada pela empresa de Rodrigo Costa. Contudo, o trabalho desgostou o presidente dos encarnados, segundo o qual “a transmissão foi feita contra a vontade do Benfica e os comentários que se ouviram durante a referida transmissão não foram inocentes”. Do lado da ZON, o director de comunicação Paulo Camacho anunciou, em comunicado, que "a empresa não se pronuncia sobre as últimas declarações de Luís Filipe Vieira".

O discurso aceso de Vieira foi a marca que sobressaiu de um convívio encarnado que serviu de mote para a inauguração da Casa do Benfica de Castelo de Vide. A colectividade já conta com três anos de existência mas só agora pôde contar com a presença de Luís Filipe Vieira para a cerimónia solene de inauguração. António Soldado, presidente deste núcleo, congratulou-se “com a obra feita” pois em três anos “a Casa do Benfica de Castelo de Vide tornou-se num espaço aberto à comunidade benfiquista e não só”.

Em dia de críticas, também António Soldado aproveitou a presença de Luís Filipe Vieira para pedir “que não se realizem jogos à noite mas sim durante a tarde”. Na opinião de Soldado, “os horários tardios em que são disputados os desafios têm contribuído para o afastamento dos núcleos de adeptos do interior”. Vieira ouviu e concordou, ressalvando que “infelizmente se trata de um problema que foge à sua alçada”.

A festa terminou com a entrada da mítica águia Vitória. Acompanhada pelo seu tratador, Juan Barnabé, a imponente ave fez as delícias dos mais jovens que não perderam oportunidade de posar junto de um dos maiores símbolos do clube.

Dragão Dourado

Solidificar o crescimento



Mais uma semana passou e continuamos em crescimento. Depois da bela vitória na Turquia, o triunfo frente à Académica do nosso Domingos.

Na Turquia revelamos acima de tudo uma presença incrível. Um espírito de missão tremendo. Encarar aquele ambiente infernal da forma como o fizemos só nos pode deixar tremendamente orgulhosos.

Num jogo que se adivinhava difícil, pelas circunstâncias que o envolvia, o FC Porto entrou a matar. Dois golos madrugadores do Licha bastaram para cumprir uma tarefa em que até deu para acabar em sofrimento, provando que as grandes equipas sabem-no fazer com mestria.

A vitória deu-nos mais uma qualificação. Um velho hábito nosso, pouco valorizado sobretudo em detrimento dos feitos de alguns, que apenas agora o conseguem pela primeira vez.

Frente à Académica, consolidamos mais um pouco o crescimento da nossa equipa. O FC Porto entrou bem, marcou cedo, deixou-se empatar e resolveu pouco depois.
Rodriguez estreou-se a marcar de azul e branco. Um golo bem festejado por alguém que tem sofrido na pele algumas injustiças desde que chegou ao nosso futebol. O Cebola é bom jogador, não duvidem, mas não é nenhum astro. Foi nisso que o quiseram tornar no primeiro clube português por onde passou. Depois, num ápice o astro passa a estrela decadente… Rodriguez ainda não está ao seu melhor nível mas a qualidade exibicional que apresenta não difere em nada da que revelou na temporada passada. O que mudou foi as distintas interpretações sobre este factor. O Cebola deixou de ser alguém a quem convém promover apenas por ter trocado de camisola.

Quero saudar também o regresso aos golos do nosso Raul Meireles. Um enorme jogador cuja produtividade é muitas vezes sonegada pela crítica. Que bom é tê-lo entre nós.
Lucho ainda falhou uma grande penalidade, coisa que não tirou o sono aos seus companheiros. O FC Porto controlou sempre o jogo perante uma Briosa atrevida mas incapaz, não obstante o golo de Cris.

Continuamos a evoluir e parece esquecido o tempo em que a alegada crise pairava sobre a cabeça de Jesualdo. É bom não esquecer que mesmo durante essa suposta crise empatámos na Luz, ganhámos em Alvalade duas vezes e vencemos em Kiev e em Istambul apurando-nos uma vez mais para os oitavos de final de Champions.

É caso para gritar bem alto “Viva a crise”!

Dragão Dourado: Cristian Rodriguez

Por: Rui Vasco Pereira

Bola Aparte

What to do? What to do?



Serralves parece ter libertado o espaço que vinha a ser ocupado pela panegírica exposição retrospectiva da vida e obra desse nosso cineasta-mamute, o Sr. Manoel de Oliveira. Claro que não irei aqui questionar a pertinência de tal iniciativa. E porque não celebrar o percurso deste realizador que reclamou para si quase todo o espaço que o cinema português de pretensão autoral conseguiu conquistar, preenchendo-o com os seus gemidos cinematográficos de acústica longa e indolente, como uma balada que nos embala em morte sonolenta, qual hipotermia. Que me desculpem os seus defensores, mas a verdade é que cheguei a temer pela minha vida nalgumas daquelas sessões de cinema.

Mas acho que sim! É aquela coisa do "vamos mimá-lo enquanto ele ainda cá anda" que o Portugal reserva a alguns dos seus vultos. Desculpem a crueza mas já é bem tempo de sacrificar essa vaca sagrada do nosso cinema. Sempre com reverência e solenidade, claro! Como naquela bela cena final de "Apocalipse Now", com a morte de Brando simultânea à de um descomunal touro das selvas do sudeste asiático. Com isto não sugiro que lhe encostem a almofada à cara. Nada disso. Deixemos a natureza tomar o seu curso. Mesmo que esta se revele tão vagarosa como a progressão dos filmes do decano.

E o que é que veio substituir o nosso Manelito? Algo, se possível, diametralmente oposto. O pintor, writer, punker, situacionista, abstraccionista e seguramente outras coisas acabadas em "ista", Christopher Wool. O mesmo responsável por esse maravilhoso objecto que é o álbum "Rather Ripped" de Sonic Youth, feito em 2006.

Falamos de um artista, que todos os esforços parece fazer para evitar que a sua obra, que nunca se afastou das electrizantes esferas do punk e unnderground novaiorquino, caia rotulada e classificada nessas linhagens estruturantes que tentam dissecar a história da arte contemporânea. Ele envia-nos vinte dos seus trabalhos mais recentes, feitos entre 2006 e 2008, em contraponto com outros tantos dos seus trabalhos anteriores. Notamos a solidificação de uma prática criativa cada vez mais assente na hesitação e desconstrução constantes. Querem chamar-lhe "raw abstraction", compará-lo a Pollock e aos outros expressionistas abstractos e a Basquiat, nos seu trabalhos de rua ("Direct Action, Gets the Goods"), mas eu francamente tenho mais que fazer. A sério. Dá vontade de montar uma tenda nos jardins da Fundação. Há lá cinema (O Sabor do Cinema – Momento XVI) e o grande Juan Muñoz. Wool vai lá ficar até 15 de Março.

Vamos todos para o Porto!
E que mais? Descobri um site que vale a pena. http://www.dipity.com/tatercakes/Internet_Memes. Uma espécie de cronologia dos grandes acontecimentos da Internet, em permanente desenvolvimento. Com links para os sites, vídeos e fenómenos mais relevantes e visitados da história cibernáutica. Check it out!


Por: Francisco Adão

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Edgolos de regresso



O Atlético Ouriense garantiu a contratação de Edgar. O ponta-de-lança, conhecido pelos muitos golos que marcou pelos oureenses, regressa a Ourém depois de uma curta passagem pelo Atlético Alcanenense.

Carlos Gonçalves conta agora com mais uma arma para atacar os seus objectivos.
Edgar volta ao emblema pelo qual marcou 13 golos na época passada.
Já nesta temporada, Edgar marcou aos oureenses na partida que o opôs à sua actual equipa.

O Atlético garante desta forma um excelente reforço, muito disputado por outros clubes da Divisão de Honra de Santarém, que já deverá estar em condições de voltar a vestir a camisola do Atlético, na próxima jornada. A estreia de Edgar poderá estar marcada para o Campo Adelino dos Santos Júnior, frente ao Fazendense.
Solidez e perseverança






O Sporting provou na última jornada que conhece e sabe praticar a mistura de princípios que pode fazer desta equipa campeã. Foi mais uma vez acutilante no pressing e sólido no processo defensivo, mas também venenoso no ataque. Perante um sem número de baixas e défices nos ritmos competitivos, a equipa pareceu adaptar-se à presença de três avançados sempre solidários e generosos no esforço defensivo colectivo (ainda que Postiga tenha desempenhado o papel de criativo).

Na última jornada tinha criticado o facto de a equipa não ter conseguido reagir às normais contingências negativas da partida, que podem a qualquer momento surgir, e apontei essa capacidade como requisito decisivo para se ser campeão, e foi precisamente essa a qualidade que a equipa soube resgatar neste jogo. O facto de Rui Patrício ter defendido uma grande penalidade, e de a equipa ter suportado um sufoco final diminuída e entrincheirada não são meros factos casuais, são sinais claros de que esta equipa saberá sofrer e encontrar o caminho rumo ao título nacional.

Antes de mais terei que ser justo: a entrada de Derlei é de facto merecedora de cartão vermelho, e já não será a primeira vez que chamo aqui a atenção ao “Ninja” sobre a necessidade de refrear a sua inegável capacidade de luta, tentando não oferecer pretextos para a sua exclusão do jogo quando a equipa precisa de si. A grande penalidade é também inevitável e acertada. Quanto ao resto do trabalho de arbitragem é uma galeria de decisões inexactas, sem critério nem coerência, tendenciosas e pejadas de tiques de manipulação. Sem classe, sem autoridade, sem acerto.

O Sporting possui uma filosofia cúmplice com a realidade, virada para o colectivo, familiarizada com os princípios da abnegação e da humildade. É uma equipa tacticamente madura, rigorosa a defender e inteligente a atacar. Deixo votos para que este campeonato seja decidido por factores desportivos!

Contra o Barcelona espero personalidade, espírito de luta e sede de vitória. Que seja uma noite histórica e memorável, porque esta equipa é especial e merece-o!


Leão da semana: Liedson


Por: César Paisana Adão

Atlético encarrila


Divisão de Honra de Santarém – 9ª. Jornada

Campo Adelino dos Santos Júnior – Ourém
Atlético Ouriense 4-1 GD Ferroviários

Árbitro: João Oliveira Assistentes: Rui Cabeleira e Bruno Sousa
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Atlético Ouriense: Tomé; Tordo (Martins), Canário, Cláudio Marques, Nuno Sousa; Dino, Célio (cap.), Leandro; Pedro Ribeiro, Ricky (Dércio), Marco (Ricardo Ferreira)
Não utilizados: Tiago André, Moreira, Pimenta e Bolinhas.
Golos: Pedro Ribeiro (2), Marco e Leandro
Treinador: Carlos Gonçalves
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GD Ferroviários: Joel; Cadete (cap.), Gonçalo Barrela (Filipe Carvalho), Vitinho, Tiago; Pinheiro (Pinto), Luís Alves, Alemão; Moita (Multaga), Rui Barrela, Daniel Pires
Não utilizados: Coelho, Laranjeiro, Duarte e David
Golo: Daniel Pires
Treinador: Carlos Felisberto
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Finalmente a vitória


O Atlético Ouriense voltou a vencer. A formação orientada por Carlos Gonçalves bateu o GD Ferroviários por quatro bolas a uma.
Os oureenses partiram para este jogo embalados pela boa prestação conseguida frente à União de Almeirim.
A jogar em casa, o Atlético desde muito cedo tratou de demonstrar as suas intenções para este desafio. À passagem da meia hora de jogo, os oureenses já venciam por 2-0. Pedro Ribeiro abriu a contagem, na marcação de uma grande penalidade. Pouco depois foi a vez de Marco ampliar a vantagem, após excelente passe de Tordo.

Com o jogo controlado, o Atlético abrandou o ritmo, falhou oportunidades imperdíveis e sofreu um golo, merecido, através de Daniel Pires que culminou uma vistosa movimentação atacante do GD Ferroviários.

Até ao intervalo a equipa de Ourém teve de sofrer para conter a reacção do adversário que regressou à discussão do desafio após o golo de Daniel Pires.

Para o segundo tempo, Carlos Gonçalves deixou o perdulário Ricky na cabine, fazendo entrar Dércio. O Atlético voltou a assumir a postura autoritária, exibida na meia hora inicial, não concedendo qualquer veleidade aos homens do Entroncamento.
Logo aos 49 minutos Pedro Ribeiro bisou, fazendo o 3-1. Foi o golpe de misericórdia para a formação de Carlos Felisberto. A partir deste momento, os visitantes passaram a ser comandados pelo coração. O futebol do GD Ferroviários passou a ter em Multaga, entrado ao intervalo, a sua principal referência. Mas o pujante avançado não estava nos seus dias, passando a ser uma presa fácil para a defesa da casa, não obstante o seu maior poderio físico.

A cerca de 20 minutos do fim, Leandro fechou o marcador do encontro após boa investida de Ricardo Ferreira, pela esquerda.

As contas finais do desafio não deixam espaço a qualquer discussão. A vitória oureense ajusta-se na perfeição ao que se passou no tempo de jogo. O Atlético foi sempre a equipa mais esclarecida em campo. Os 15 minutos finais da primeira parte foram a excepção da regra, traduzindo-se num período em que a equipa de Carlos Gonçalves poderia ter deitado tudo a perder.
Saiba mais na próxima edição do Notícias de Ourém

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Onda Vermelha

Benfica vence, mas não convence!


O Benfica continua a vencer na Liga Sagres, mas nem por isso tem proporcionado um futebol agradável para os seus associados e simpatizantes.

Quique Flores insistiu na implementação do novo sistema táctico, o 4-4-2 em losango, abdicando no onze inicial dos extremos que possui no plantel. Nos minutos finais do desafio, com os homens da Reboleira, chegaram a coabitar em campo três jogadores com as mesmas características, três médios defensivos, o que torna o futebol benfiquista muito musculado, previsível e sedento de criatividade. Este sistema depende muito da dinâmica dos laterais e, na minha prespectiva, não possuímos jogadores com características para o executar.

No que concerne ao jogo, o Benfica recebeu o Estrela da Amadora e praticou um futebol apático e pouco vistoso, nada coincidente com as exigências de um candidato assumido ao título.

Eu, como desportista e fã de futebol, aprecio um jogo dinâmico com empenho total dos seus intervenientes e com muitas oportunidades de golo, mas nada disso aconteceu nessa noite no Estádio da Luz. Quase toda a equipa encarnada esteve apática durante os noventa minutos, exceptuando o hondurenho David Suazo que, de vez em quando, com a sua velocidade e poder de explosão quebrava a monotomia deste jogo enfadonho.

Em suma, poderei dizer que é com grande mágoa que constato que o Benfica vence mas não convence, nem a mim, nem à generalidade dos benfiquistas. É verdade que no término do campeonato ganha a equipa que tem mais pontos e não aquela que pratica o melhor futebol. Mas parece-me que se continuarmos com estas exibições nem sempre a sorte nos vai sorrir e vamos passar por muitos dissabores.

Faço votos para que esta equipa continue a trabalhar e que consiga conciliar as duas coisas, isto é, vencer e oferecer aos seus adeptos um futebol agradável.

O Benfica venceu este jogo por 1-0 com um golo do jovem central Sidnei, depois de uma assistência do capitão Nuno Gomes e esta foi uma das poucas jogadas do desafio com princípio, meio e fim, o que retrata a pobreza com que o Benfica presenteou o seu público.

Por último, uma palavra de apreço e reconhecimento para o Estrela da Amadora, que vive momentos conturbados e difíceis, nada dignificantes para o futebol português e que foi uma equipa digna e com grande brio profissional, apesar de ainda não terem recebido ordenados desde o início da época.

Espero que este momento seja ultrapassado e a situação seja rapidamente reguralizada e ainda que situações destas desapareçam do quotidiano do futebol português!

Águia da semana: David Suazo

Por: António Pereira

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Atlético empata em Almeirim


Divisão de Honra de Santarém – 8ª. Jornada
Campo D. Manuel Mello
UD Almeirim 0-0 Atlético Ouriense
Equipa de arbitragem: Carlos Balbino, Hugo Silvestre e Rui Carvalho
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Atlético Ouriense: Tomé; Pimenta (Ricky, 53m) Canário, Nuno Sousa, Moreira; Dino, Célio (c), Leandro (Rodolfo, 74m); Ricardo Ferreira, Pedro Ribeiro, Marco (Martins, 64m).
Não utilizados: Tiago André, Denny, Dércio e Rapha
Treinador: Carlos Gonçalves
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UD Almeirim: Ricardo; Cacheta (Marco, 15m), Fábio, Lucas, Rui (c); Maurício (Pató, 67m), Nélson, Bexiga, Serginho, Carrapato (Matias, 53m); Leandro.
Não utilizados: João, Sidney, Isas e Zezinho
Treinador: Leonel Madruga
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.........................Boa atitude vale um ponto

Os oureenses foram a Almeirim defrontar a União local, resgatando um ponto precioso num terreno tão difícil quanto mal cuidado.

As ausências de Cláudio Marques e Tordo forçaram Carlos Gonçalves a uma remodelação no seu onze. Pimenta estreou-se como defesa-direito. Moreira e Ricardo Ferreira regressaram à titularidade. Mas as contrariedades para o técnico não se ficaram por aqui. Dércio lesionou-se no período de aquecimento, obrigando à entrada de Leandro na equipa. E foi dos pés do próprio Leandro que saiu o primeiro aviso à União. No minuto inicial, o médio cobrou um livre directo, junto à área sobre a esquerda, que por pouco resultava no primeiro golo da tarde.

Os minutos iniciais demonstraram uma União mandona, em busca do golo. Aos 10 minutos, Bexiga ganha posição na área oureense mas vê Moreira executar um corte tão soberbo quanto limpinho. O pouco público presente pediu castigo máximo mas Carlos Balbino, bem, não acedeu.

O Atlético encontrava inúmeras dificuldades na saída para o ataque. A União exercia uma pressão contínua mas não conseguia criar ocasiões capazes de importunar Tomé. Até que aos 29 minutos surge a melhor ocasião de golo de todo o encontro. Serginho escapa-se pela esquerda, cruzando para Bexiga que, no segundo poste, assiste Carrapato que acerta em cheio na trave da baliza. Na recarga, o mesmo Carrapato toca de cabeça mas vê o SOS Canário salvar in extremis sobre a linha. Um minuto volvido, nova ocasião de golo. Serginho volta a fugir a Pimenta, remetendo o esférico para o interior da área. Tomé falha o tempo de saída, deixando escapar a bola que cai redondinha nos pés de Bexiga. O médio dribla Moreira e remata mas vê Tomé redimir-se com uma intervenção de classe.

O lance acordou a equipa de Ourém. O Atlético subiu no terreno, aproximando-se da área de Ricardo, que apenas aos 38 minutos voltou a ser incomodado por um remate de Marco.
O Atlético revelava-se agora uma equipa mais desinibida e confiante, soltando-se do colete-de-forças com que parecia ter sido amarrada.

Aos 42 minutos, Leandro bate um livre, em jeito de canto curto, sobre a esquerda do seu ataque, obrigando Ricardo a aplicação extra para suster o seu remate-surpresa.
A segunda parte começou com a União de novo na mó-de-cima. O Atlético assumia uma postura de contenção, parecendo aguardar o momento ideal para atacar a baliza contrária.

Os minutos pareciam passar depressa demais para os homens da casa. A União surgia mais ansiosa e intranquila, oferecendo muito espaço nas costas da sua defensiva.
Carlos Gonçalves lançou Ricky primeiro e Martins depois, fazendo sair Pimenta e Marco.

A formação de Almeirim continuava a dominar a partida mas persistia incapaz de perturbar Tomé que se apresentava seguro e autoritário.

Do lado oureense, a velocidade de Martins, Ribeiro e Ricky enervava a defesa da casa. O contra-ataque era a maior arma do Atlético mas, embora tivessem causado desconforto no seio da equipa da casa, foram sempre infrutíferos. Perto do final, foi a vez dos homens do Atlético pedirem penaltie ao juiz da partida. Ribeiro rematou, à queima-roupa, contra Fábio. Carlos Balbino voltou a mandar jogar, fazendo-o bem, novamente.

A partida terminou após seis exagerados minutos de compensação, nos quais nem a União nem o Atlético estiveram perto de festejar um golo.

A igualdade final penaliza o pouco rendimento retirado do volume de jogo ofensivo criado pela União. Por outro lado, presenteia a boa organização defensiva, assim como a excelente atitude e espírito de sacrifício exibidas pelo Atlético.

Fonte: Especial Notícias


...............................Saiba mais na próxima edição do Notícias de Ourém

Só eu sei...

Faltou o killer instinct


De facto não tem sido fácil o início de temporada do Sporting. Tudo parece conjugado para resultar bem: ao low-profile dos dirigentes, junta-se um plantel experiente e de inegável qualidade. A equipa já venceu um troféu e já conseguiu superar de forma histórica e inédita um difícil patamar europeu. Mas não tem conseguido demonstrar de forma assertiva a sua candidatura ao título nacional, e todo o ruído disciplinar que se presta à execrável mediatização não permite agregar o necessário elemento da tranquilidade.

Contra um organizado Leixões, o Sporting começou por experimentar a abordagem habitual: presença defensiva concentrada, critério na circulação de bola, pressing alto, e exploração do erro do adversário. O que correu mal desta vez? Antes de mais as contingências intrínsecas de um jogo de futebol: duas defesas por instinto do guarda-redes contrário criaram ansiedade na equipa; depois a lesão de um jogador rotinado, que quebrou mecanismos; e finalmente a incapacidade de controlar as emoções e gerir com racionalidade a necessidade de inverter a tendência de jogo.

A lesão é irreversível e aleatória, mas a concretização das oportunidades de golo; a negligência com que se perdeu a bola que originou o golo; a falta de clarividência com que se tentou reverter a situação, esses são factores a trabalhar. Quem aspire a ser campeão não poderá esperar que todos os jogos corram conforme planeado, sem adversidades nem incidentes: tem é que ter a alma e a força interior para conseguir reagir.

O que distingue uma equipa campeã é um sistema táctico rotinado, com intérpretes de qualidade; um avançado eficaz; a capacidade de vencer jogos difíceis, pejados de contingências adversas; e um balneário blindado e focado nos objectivos colectivos.

Digamos que até Janeiro ou Fevereiro não peço exuberância, mas como adepto exijo desde já que haja mais alma em campo, que não se cometam erros defensivos infantis, e que seja revista de vez a forma de proteger o balneário (jogadores e equipa técnica) de todo o ruído que o envolve.

Destaco ainda a exibição personalizada e temerária de mais um produto de inegável qualidade das nossas escolas: Daniel Carriço mostrou sportinguismo em campo e afirmou-se como opção consistente do presente e do futuro!

Leão da semana: Daniel Carriço


Por: César Paisana Adão

Dragão Dourado

A recuperar em ritmo de passeio


Depois de tanto sofrer, o F. C. Porto parece querer arrepiar caminho para atacar, em definitivo, aquilo que resta da presente época. As derrotas frente a Leixões e Naval parecem longínquas, mas a verdade é que não aconteceram há tanto tempo quanto isso.
Como defendi na passada semana, o jogo frente ao Vitória de Guimarães iria ser bastante conclusivo em relação ao momento de forma dos campeões nacionais. À vista desarmada, os azuis e brancos parecem ter melhorado um pouco a nível posicional, mas continuam lentos e previsiveis no ataque.

Frente aos vimaranenses, o F. C. Porto mostrou-se seguro a defender. Não é por acaso que o Vitória não fez um único remate perigoso à baliza defendida por Helton. Rolando e Bruno Alves estiveram intransponíveis (mesmo quando os cotovelos atacaram). Já Fucile e (principalmente) Sapunaru vêm subindo de forma a olhos vistos. Raúl Meireles foi o pulmão de sempre no meio-campo, enquanto que Fernando voltou a rubricar uma exibição segura. O problema vem daqui para a frente. Lucho ainda não encontrou o ritmo competitivo ideal, apesar de ser, invariavelmente, um homem em evidência na maioria das partidas. Se a passo “El Capitan” consegue ser fantástico, imaginem-no em forma. Já no ataque, Tarik continua a sua recuperação em campo, enquanto que Rodriguez continua a revelar total inadaptação ao sistema de jogo portista. No meio disto tudo surge um Lisandro (até aqui) um pouco arredado dos golos. Não se pode questionar a sua entrega e abnegação ao jogo, mas é clara a falta de eficácia do argentino neste início de época. Parece ter dado um pontapé na sua “crise pessoal” nesta última partida, onde marcou um golo e deu outro a marcar.

Da vitória frente ao Guimarães há ainda a ressalvar o regresso de Farías aos golos. O terceiro esta época, depois de ter bisado na Sertã. O avançado argentino demonstrou uma vez mais faro pelo golo, mas é notória a sua condição de terceiro avançado no plantel portista, atrás de Lisandro e Hulk.

Como nota final, ficou claro na partida do último sábado que Jesualdo Ferreira parece
finalmente conseguir transmitir, de uma forma clara, aquilo que pretende para a equipa. Jogar seguro, com muita tranquilidade, sem arriscar. Sempre à espera do erro do adversário. Não foi à toa que na época passada, Manuel Machado (na altura técnico do Sporting de Braga) disse que “o F. C. Porto é um grande que joga num sistema táctico de equipa pequena”. De facto a forma sistemática com que os dragões dão iniciativa de jogo ao adversário, fechando-se todo na defesa à procura de um contra-ataque eficaz, é de todo igualável àquilo que os chamados “pequenos” fazem nos jogos mais importantes.

Dragão da semana: Lisandro Lopez


Por: Flávio Pedrosa