quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Onda Vermelha

O que parecia fácil, tornou-se difícil!


O Benfica deslocou-se ao estádio D. Afonso Henriques para defrontar o Vitória de Guimarães, num jogo da sétima jornada da Liga Sagres.

Em relação à equipa titular apresentada pelo treinador Quique Flores, notou-se a ausência de Nuno Gomes e o aparecimento do argentino Paiblo Aimar.

O Benfica entrou em campo com grande determinação e personalidade, por isso, cerca dos dezoito minutos já vencia por dois golos de diferença.

O aparecimento do argentino Paiblo Aimar trouxe mais criatividade ao ataque benfiquista e o primeiro golo resultaria mesmo de um passe vistoso do argentino na direcção de Suazo que, com a sua velocidade e técnica, fez o resto.

O segundo golo surgiu através de um livre executado por Reyes e o aparecimento de Sidney de cabeça a alterar o marcador.

Não vou negar que, após estarmos a vencer por 0-2, pensei “até que enfim assistirei a um jogo tranquilo e sem sobressaltos, basta agora fazer uma boa gestão do jogo”.

Pois bem, como me enganei! O Benfica viria a consentir o 1-2, por volta dos 31 minutos, sendo Douglas o jogador responsável pela alteração do marcador. Este foi, a meu ver, um golo bastante consentido pela defesa benfiquista com culpas repartidas entre Luisão e Maxi Pereira.

No entanto, o pior estaria para vir. O extremo esquerdo Reyes, que já tinha visto um amarelo, acabaria por levar o segundo amarelo, por volta dos 44 minutos, após entrada dura sobre Andrezinho. Na minha opinião, foi uma decisão acertada do árbitro, Carlos Xistra, levando o Benfica a jogar toda a segunda parte reduzido a dez elementos.

Desta forma, todo aquele cenário optimista que tinha surgido depois dos dois golos benfiquistas, tornou-se muito cinzento e ao intervalo pensei o pior!

O Benfica teria de jogar toda a segunda parte reduzido a dez elementos, com a vantagem apenas de um golo e com a ausência de um dos elementos que mais consegue acelerar os movimentos do ataque benfiquista.

Na segunda parte do jogo, Quique abdicou da presença de Aimar perto de Suazo, deslocando-o para o lado esquerdo. Desta maneira, o Benfica manteria a mesma estrutura e o sacrificado foi Suazo, jogando sozinho na frente.

Assim, o Benfica abdicou praticamente de atacar, formando um bloco defensivo forte.

Em suma, poderá dizer-se que foi um risco imenso, mas o que conta é o resultado final e Quique com o seu calculismo, arrecadou os três pontos, que é o mais importante. Os “campeões” também se constroem com espírito de luta e sacrificio.

Não tenho por hábito falar nos trabalhos dos árbitros, mas Carlos Xistra esteve em mau plano com uma dualidade de critérios gritante e com nota banstante negativa.

Quanto a Reyes, um jogador com a sua experiência, deveria ter mais calma e não pôr em causa todo o trabalho da equipa.

Águia da Semana: Pablo Aimar



Por: António Pereira

Sem comentários: