quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Onda Vermelha

Vitória moralizadora



No dia 27 de Setembro, pelas 20h45m, disputou-se o jogo Benfica-Sporting, um derbie sempre apetecível e com grandes tradições no futebol português.

Foi com alguma apreensão e receio que vi a equipa escolhida por Quique Flores para iniciar este derbie. No onze, do treinador benfiquista, estava exactamente a mesma equipa que tinha defrontado o Paços de Ferreira na segunda-feira, na qual constavam dois centrais muito jovens, Miguel Vitor e Sidnei, jogadores com pouca experiência neste tipo de jogos. E como se isso não bastasse a permanência do lateral esquerdo Jorge Ribeiro. A verdade seja dita, Quique arriscou e ganhou a aposta, pois venceu o jogo, mas na minha perspectiva, um jogador como Léo, que sempre se cotou como um jogador regular e com grande rendimento, causa alguma estranheza ficar de fora, mas isto é um treinador de bancada a comentar!

Paulo Bento, revelou ter estudado bem a estratégia e, logo de início, mostrou vontade de explorar a inexperiência dos nossos jovens centrais, praticando um futebol diferente do usado normalmente pela equipa leonina, optando por um futebol mais directo e objectivo. Esse tipo de futebol, nos primeiros minutos, fez o Benfica passar por algumas dificuldades, aparecendo algumas vezes, quer Postiga, quer Yannick, em posição priveligiada para golo. Logo no primeiro minuto, Yannick, teve uma oportunidade claríssima de fazer golo, mas atirou por cima da baliza de Quim.

Após o Benfica acertar nas marcações, assistimos, no resto da primeira parte, a um futebol muito táctico e com poucas oportunidades de golo para as duas equipas, com destaque para as exibições de Reyes e Postiga, a quererem quebrar a monotomia do jogo.

Na segunda parte, o jogo continuou na mesma toada, bastante disputado a meio campo e com poucas oportunidades de golo.

Ao intervalo, o treinador Quique, retirou Ruben Amorim e lançou no jogo o experiente médio, Katsouranis, que transmitiu uma maior segurança ao meio campo encarnado.

A todas as jogadas mais perigosas desenhadas pelo Sporting, o guarda-redes Quim respondeu com grande segurança e autoridade ao contrário do que vinha sucedendo nos últimos jogos.

O jogo foi decorrendo com grande equilíbrio até que aos 59 minutos o treinador Quique substituiu Nuno Gomes por Aimar. Com a entrada de Aimar, o Benfica ganhou outro perfume e passou-se a praticar um futebol mais agradável. Seria o argentino a oferecer o golo, ao espanhol Reyes, por volta dos 67 minutos , depois de uma excelente combinação entre os dois.

Quando se esperava a reacção do Sporting, o argentino Grimi comete uma falta sobre o compatriota Aimar, que viria a resultar no segundo golo do Benfica. A falta, uma espécie de canto mais curto, foi cobrada pelo jogador Carlos Martins, que coloca a bola na cabeça do defesa central Sidnei, que marca o segundo golo aos 71 minutos.

Com cerca de dezanove minutos para jogar, o Sporting tentou reagir, mas o tempo era escasso e o Benfica soube gerir a situação em que se encontrava, não sofrendo o marcador mais alterações.

Em suma, poderei dizer que o Benfica foi um justo vencedor e foi premiada a maior eficácia do Benfica.

Jogador da semana: Reyes

Por: António Pereira

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