quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Onda Vermelha

Uma equipa em crescimento e a falta de ambição





O Benfica passou à fase de grupos da Taça Uefa depois de uma bela exibição frente à equipa italiana do Nápoles.

Tendo em conta os últimos anos, o Glorioso parece ser uma equipa mais compacta, com uma melhor preparação e não tão dependente de um ou outro jogador, ou seja, funciona como uma equipa e não vive de momentos de inspiração das suas unidades mais influentes.

Na quinta-feira à noite, com transmissão em directo e exclusivo no novo canal Benfica, a nossa equipa deu uma alegria aos seus associados com a passagem desta eliminatória, pois já era habitual para os lados da Luz darem-se mal com o futebol matreiro e calculista dos italianos.

Na primeira parte, o Benfica teve muita posse de bola mas as oportunidades mais falgrantes acabaram por pertencer aos homens que vieram de Itália que quando chegavam à baliza encarnada faziam-no com grande perigo e intencionalidade, mas a sorte protege os audazes.

Na segunda parte, o Benfica entrou mais dinâmico e determinado conseguindo materializar a sua superioridade por volta dos 57 minutos depois de um excelente passe de Katsouranis, a isolar Reyes, que desferiu um excelente remate sem hipóteses para o guarda-redes Gianello.

O mais difícil estava feito e, como é costume das equipas portuguesas, o Benfica poderia ter recuado no terreno defendendo a vantagem na eliminatória, mas isso não aconteceu devido às substituições de Quique, trocando simplesmente jogador por jogador, não alterando a estratégia inicial. Essa situação viria a dar frutos por volta do minuto 82, após uma excelente cabeçada do nosso capitão Nuno Gomes, resultado de um prefeito cruzamento do recém entrado Carlos Martins.


Na segunda-feira, o Glorioso deslocou-se até à cidade de Matosinhos para defrontar o Leixões, com a probabilidade de se juntar ao FC Porto no topo da classificação.

Talvez por isso, e por sentirem essa pressão, os homens comandados por Quique entraram bastante mal no jogo, sentindo muitas dificuldades em parar o ataque leixonense e o sempre perigoso Wesley. De realçar as excelentes intervenções de Quim neste momento.

Estavam decorridos cerca de oito minutos quando Reyes saiu lesionado entrando para o seu lugar Di Maria.

O Benfica acabaria por inaugaurar o marcador, por volta dos 32 minutos, através do goleador Cardozo contra a corrente do jogo.

Este golo resultou de uma jogada bastante confusa e polémica, pois antes do golo, existe uma clara grande penalidade a favor do Benfica. E e os leixonenses, também logo de seguida, reclamam uma falta de Carlos Martins à entrada da grande área, que não é assinalada. A bola sobra para Katsouranis, que faz um passe para Cardozo e este disfere um remate portentoso sem hipóteses para o guarda redes Beto.

O Benfica saiu para o descanso a ganhar por 0-1 sem ter feito muito para o merecer.

A segunda parte foi toda dominada pelo Leixões, pois o Benfica abdicou de atacar e essa situação viria a pagar-se cara tendo o Leixões chegado ao empate por volta dos 88m, depois de um pontapé de canto apontado por Hugo Morais ao qual Wesley responde com um forte cabeceamento beneficiando da falta de marcação de Yebda.

Em suma, poderei dizer que o resultado foi justo, pois um equipa como o Benfica candidata ao título não poderá defender um resultado remetendo-se simplesmente à defesa e não criando nenhuma oporunidade de golo, deixando o Leixões dominar a seu belo prazer.

Ao contrário do que é habitual, a meu ver Quique Flores não esteve feliz nas substituições operadas o que fez com que o Benfica defendesse mais atrás e perdesse os poucos elementos criativos que tinha dentro do campo.

Esperemos por novas alegrias e havemos de chegar ao primeiro lugar! Basta acreditar!
.

.

Águia da semana: Reyes


Por: António Pereira

1 comentário:

Anónimo disse...

acerca do Benfica concordo com o cronista to a,este Benfica e outro qualquer não pode não deve remeter-se à defesa muito menos contra o Leixões para defender um resultado escasso,Quique sempre foi um treinador defensivo já no valência o demonstrou mas a diferença era k na altura o valência era a 3 ou 4 equipa espanhola o Benfica não,é uma equipa de topo e a atitude tem de ser diferente, tem de de ir jogar para ganhar por 3 ou 4 não defender e exibir uma prestação sofrida sem chama sem garra e o melhor é não falar do esquema táctico fica para outra altura