O primeiro clássico da temporada acabou com um empate a um golo. Benfica e FC Porto proporcionaram um espectáculo ameno com momentos de grande entusiasmo mas com outros algo sensaborões.
O FC Porto entrou a ganhar com um penaltie categoricamente convertido pelo capitão Lucho. Este castigo máximo constituiu o primeiro momento “deixem-me sair” da partida, protagonizado por Katsouranis. O central adaptado agarrou El Comandante dentro da área de forma mais pré-natal do que infantil…
Depois seguiram-se momentos de bom futebol com especial destaque para Lisandro Lopez: O Licha não só fez colidir uma bomba no poste direito de Quim, como também teve tempo, habilidade e garra para salvar in extremis aquele que seria o primeiro golo de Aimar à Benfica.
Na segunda parte o Benfica beneficiou das mãos amanteigadas de Hélton. O internacional canarinho serviu o empate a Cardozo, em bandeja de ouro. Bruno Alves ainda tentou resgatar a bola em cima da linha mas… foi tarde de mais.
O golo mexeu com o Benfica que parecia partir para a reviravolta. Poderia ter acontecido não fosse a aparição do segundo momento “deixem-me sair” do desafio… Cerca de três minutos depois da igualdade, Katsouranis tratou de se auto-expulsar do encontro. Já com um amarelo às costas, cortou Rodriguez pela raiz com uma entrada brutal à flor da relva.
Até final assistiu-se a um pobre desafio. O Benfica reduzido a 10 unidades e o FC Porto sem chama nem arte para se superiorizar a um adversário bastante diminuído fisicamente.
O Benfica terminou a contenda com muitos jogadores em quebra acentuada. Aimar e Léo saíram tocados. Yebda, Reyes e Carlos Martins acabaram o jogo com visíveis sinais de sofrimento. É caso para perguntar por onde tem andando Paco Ayestarán, o preparador físico dos encarnados cujos métodos têm sido demasiadamente exacerbados.
domingo, 31 de agosto de 2008
Empate penalizador
Cambalhota dá vitória
O Atlético Ouriense venceu na partida de apresentação aos seus adeptos. A equipa orientada por Carlos Jorge bateu o Vitória Mindense por duas bolas a uma.
O jogo até nem começou da melhor forma para os oureenses. Os jogadores do Atlético denunciavam algum nervosismo perante um Adelino dos Santos Júnior bem composto. Mérito para os homens de Minde que disso conseguiram beneficiar, durante a primeira parte, incomodando sempre a equipa da casa.
Ao intervalo o Atlético perdia por 1 a 0 depois de um golo de Michael para os vitorianos.
Na segunda metade a formação de Carlos Jorge surgiu mais desenvolta e a querer virar o resultado. Célio, recém-entrado na equipa, inventou um golo quando cruzou largo da direita e iludiu o infeliz guardião mindense. Mais tarde foi Ricky que depois de uma investida de João António, fez o golo que permitiu a cambalhota no resultado.
Até final houve tempo e muito mais espaço para o Atlético alargar o score. Contudo, apesar das boas jogadas de ataque, o resultado não sofreu quaisquer alterações.
Tratou-se de um bom ensaio da turma de Ourém que começa a temporada no próximo Domingo. Nota bastante positiva para a forma como os oureenses souberam reagir a uma situação de desvantagem e partir para uma exibição que, sem deslumbrar, foi agradável.
Carlos Jorge colocou em campo todos os atletas disponíveis para este encontro. De fora ficaram apenas Ricardo Ferreira e Ricardo Martins, o primeiro por motivações profissionais e o último devido a lesão.
Atlético Ouriense: Tomé, Denny, Nuno Sousa, Canário e Chico Moreira; Micka, Dércio e Dino; Pedro Ribeiro, Bolinhas e Marco.
Jogaram também: Bruno Torre (gr), Tordo, Célio, Leandro, Ricky, Martins, Rapha, João António, Pimenta, Tiago André (gr) e Tiaguito
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Às ordens de Carlos Jorge
O MediaSport apresenta em primeira mão o novo plantel do Atlético Ouriense, assim como os números que cada jogador envergará nas camisolas.
Guarda-redes
1 Bruno Torres
12 Tiago André
24 Tomé
Defesas
2 Denny
3 Tiaguito
4 Canário
5 Pimenta
6 Tordo
18 Chico Moreira
21 Nuno Sousa
Médios
7 Rapha
8 Dino
10 Micka
20 Célio
22 Martins
23 Ricardo Ferreira
27 Ricardo Martins
30 Dércio
Avançados
9 Marco
13 Ricky
15 João António
17 Bolinhas
19 Pedro Ribeiro
25 Leandro
A estreia em provas oficiais ocorrerá dia 7 do próximo mês, em jogo a contar para a fase de grupos da Taça do Ribatejo. O baptismo de fogo de Carlos Jorge será feito nesse dia frente ao vizinho Desportivo Vilarense.
Má fortuna
Taça UEFA 1.ª Eliminatória
Portsmouth (ENG) vs Vitória Guimarães
Marítimo vs Valência (ESP)
Nápoles (ITA) vs Benfica
Vitória Setúbal vs Heerenveen (NED)
Sp. Braga vs Artmedia (SVK)
Bola Àparte
Porquê falar de cinema oriental quando podia perfeitamente falar da sequela daquele filme que veio daquela BD? Vocês sabem qual é! Esse mesmo! Resposta simples: porque no cinema, como em quase tudo, o Oriente é o futuro. Um território vivo e fascinante, pleno de fantasia onírica, densidade sociológica e sim, de ultra-violência. E não se vê cinema oriental suficiente aqui. Passou de algo muito apreciado – quando durante a ditadura, o criar de uma cultura cinematográfica era uma forma de libertação – para uma curiosidade seguida de perto pelas tribos geek e, menos de perto, pelos velhos cinéfilos, já esmagados pela intensa profusão de novos, frequentemente bizarros, fenómenos cinematográficos. Enunciemos alguns, porque há filmes destes que precisam de ser vistos, pela pura qualidade, mas outros são entretenimento bem mais intenso do que hollywood nos tem para oferecer.
Da Coreia do Sul saem os vibrantes périplos de vingança de Park Chan-Wook (ele realizou Oldboy, que Tarantino declarou vencedor em Cannes em 2004) os intensos e silenciosos dramas de Kim Ki-Duk, e muito mais. De Taiwan, para além das obras de Eward Yang e Hou Hsiao-Hsien, chegam as introspecções fantasmagóricas e contemplativas de Tsai Ming-Liang. E de Wong Kar-Wai vou apenas dizer que é dos poucos capazes de fazer humedecer estes velhos e cínicos olhos.
Mas concentremo-nos no Japão. Aqui, a partir da década de 80, vemos desvanecer-se a presença dos grandes mestres. Quem não conhece nomes como Yasujiro Ozu, Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi, Nagisa Oshima e até Shohei Imamura, também não será aqui que o fará. Mas deixem-me asseverar que aqueles de vocês que não viram filmes como Tokyo Story, Rashomon, Contos da Lua Vaga, Merry Christhmas Mr. Lawrence, etc., precisam urgentemente de reavaliar as vossas prioridades.
Já em 90, a projecção ocidental do cinema japonês contemporâneo, quase se resume ao caso paradigmático de Takeshi Kitano (ou “beat Takeshi”, a faceta cómica que mostra nas suas regulares aparições na televisão nipónica). Reconhecido, fora do Japão, como voz autoral, logo se afirmou com os seus primeiros três filmes: Violent Cop, Boiling Point e Sonatine. Aqui vemos o típico durão, solitário e lacónico, que tanto pode ser polícia ou ladrão, mover-se entre peripécias que misturam a comédia burlesca, de exagero e repetição, com a mais cruel das violências. Ele diria ser tudo uma questão de perspectiva. Na segunda metade da sua carreira, a partir de 96, fará filmes mais pungentes e pessoais, como: Kids Return, Dolls, Hana-bi e Brother. Aqui vemos um Kitano mais abertamente sentimental, procurando a beleza e a quietude em composições de plano mais cuidadas e estruturas narrativas arquitecturais.
Tirando o caso de Kitano, o Japão é apenas notado, ao sair dos anos 90, através dos animes de Hayao Miyazaki (aquele da Viagem de Chihiro), Katsuhiro Otomo e o seu magnífico Akira, Mamuro Oshii (Ghost in the Shell e Avalon) e o ocasional apontamento de Shinya Tsukamoto, realizador do clássico ciberpunk Tetsuo.
Faz tanta falta uma publicação decente de cinema em Portugal. É como ter uma constante avitaminose cultural.
Continuarei no tema para a próxima crónica, a não ser que alguma coisa de mais interessante se interponha, tipo... sei lá, um alto assalto a uma carrinha blindada com capuzes e explosivos e perseguições. Mas bem sucedido que nestes tempos difíceis todos precisamos de um bocadinho de esperança.
Por: Francisco Adão
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Queiroz compõe as quinas
O seleccionador nacional Carlos Queiroz divulgou hoje a sua primeira convocatória para jogos oficiais.
Portugal terá pela frente os seleccionados de Malta e Dinamarca naquele que será o inicio da fase de apuramento para o Mundial de 2010, na África do Sul.
Queiroz chamou 23 jogadores, dos quais 3 são guarda-redes. Cristiano Ronaldo continua de fora por lesão. O destaque vai para a chamada do avançado leonino Yannick que terá a sua primeira oportunidade com a camisola das quinas, e também para os regressos de Maniche e Pedro Mendes.
Guarda-redes: Daniel Fernandes, Eduardo e Quim
Defesas: Miguel, Bosingwa, Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Pepe, Fernando Meira e Antunes
Médios: Maniche, Pedro Mendes, Raul Meireles, João Moutinho, Carlos Martins e Deco
Avançados: Nani, Simão, Danny, Yannick, Nuno Gomes e Hugo Almeida
Em busca do sonho romano
FC Porto e Sporting ficaram hoje a conhecer os seus adversários para a Champions desta temporada. Os dois clubes portugueses partiram em pé de igualdade ao saírem do Pote 2.
Os tricampeões nacionais terão de se haver com os londrinos do Arsenal, o Fenerbahçe de Luís Aragonez e os ucranianos do Dínamo de Kiev.
O Sporting terá pela frente o colosso Barcelona, o modesto Basileia que eliminou o Vitória de Guimarães e o Shakhtar da Ucrânia.
Estes são os grupos de onde partirão as 32 equipas em busca da final que será disputada no Estádio Olímpico de Roma, em Maio do próximo ano.
Grupo A
Chelsea (ENG)
Roma (ITA)
Bordeaux (FRA)
Cluj (ROU)
Grupo B
Inter (ITA)
Werder Bremen (GER)
Panathinaikos (GRE)
Anorthosis (CYP)
Grupo C
Barcelona (ESP)
Sporting (POR)
Basileia (SUI)
Shakhtar Donetsk (UKR)
Grupo D
Liverpool (ENG)
PSV Eindhoven (NED)
Marselha (FRA)
Atlético Madrid (ESP)
Grupo E
Manchester United (ENG)
Villareal (ESP)
Celtic (SCO)
Aalborg (DEN)
Grupo F
Lyon (FRA)
Bayern Munique (GER)
Steaua Bucareste (ROU)
Fiorentina (ITA)
Grupo G
Arsenal (ENG)
FC Porto (POR)
Fenerbahçe (TUR)
Dínamo Kiev (UKR)
Grupo H
Real Madrid (ESP)
Juventus (ITA)
Zenit (RUS)
Bate Borisov (BLR)
UEFA feliz
O que se passou no St. Jakob Park é o mais claro sinal da massa de que é feita a UEFA. Ao assaltarem descaradamente o Vitória de Guimarães, a UEFA voltou a dar indicações do que pretende e do que não pretende para os seus torneios.
Mesmo sabendo eu que o Vitória deveria ter dado mais de si, no conjunto dos dois desafios à equipa portuguesa foram sonegados dois penalties em Guimarães e um golo limpinho em Basileia.
Sinais claros de que os suíços teriam de entrar na Champions nem que fosse à lei da bala.
E não é difícil perceber porquê… Não se trata da lenga-lenga de que somos pequeninos e tal! Nada disso!
O Vitória teve de ser afastado tal como o Sporting de Braga tem forçosamente de entrar na UEFA.
Senão vejamos… Quem dá mais jeito aos senhores do futebol? O campeão da Suiça que recentemente organizou o Europeu que mais lucro deu à UEFA ou o honesto mas tesinho 3º classificado de Portugal?
Nem precisam responder… quem viu como eu a primeira-mão cedo percebeu que a eliminatória estava inquinada.
Tal como em Braga quando Linz meteu a mão no bolso dos bósnios. É perceptível que à UEFA não interesse que um clube da problemática cidade de Mostar tenha entrada numa das suas competições… mas daí a permitir um golo com a mão…
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Deixo-vos agora como umas pérolas que vagabundeavam aqui pela net logo após o jogo.
A primeira faz parte de um blogue suíço afecto ao clube de Basileia, onde os seus autores apelidam de incrível o que se passou com o golo de Roberto que colocaria os vitorianos na Champions.
Not much to report, 6 minutes to go. Basel really needs to score a third, the tension is high here.
A segunda é parte da crónica do jogo, escrita por um jornalista (?) da UEFA alheio aos canones da profissão, que não faz qualquer menção à anormalidade com que um dos auxiliares do holandês Pieter Wink, empalmou o golo que seria histórico para o Vitória.
mas o Basileia tapou bem os caminhos para a sua baliza, guardando a preciosa vantagem até ao apito final. Nota ainda para uma jogada aos 86 minutos, na qual o recém-entrado Roberto introduziu a bola na baliza do Basileia, com o lance a ser anulado por fora de jogo do atacante brasileiro.
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Assalto ao Castelo
Num jogo de futebol raramente bonito mas sempre bem disputado, a sorte sorriu aos suíços.
O Basileia foi a primeira equipa a marcar quando aos 11 minutos Stocker desfeiteou o desprotegido Nilson. A resposta vimaranense não se fez demorar e 2 minutos volvidos, Fajardo igualou de penaltie, depois de uma carga de Marque sobre Marquinho.
Ao intervalo o resultado favorecia a equipa de Manuel Cajuda. Porém, no segundo tempo Derdiyok recebeu um bom passe de Stocker e repôs a vantagem para os suíços.
Manuel Cajuda colocou “toda a carne no assador” ao lançar Jean Coral e Roberto no auxílio a Douglas. A estratégia do decano treinador quase resultava quando Roberto respondeu, da melhor forma, a uma solicitação de Luciano Amaral. Todavia, a equipa de arbitragem descortinou uma inexistente deslocação que nem os próprios jogadores do Basileia devem ter notado.
Caiu de forma inglória a equipa portuguesa que tem assim muitas razões de queixa no que concerne às arbitragens das duas mãos.
Vendaval Madrid
O Real Madrid derrotou o Sporting por 5-3. Em causa estava o Troféu Santiago Bernabéu e a equipa de Paulo Bento revelou preocupantes sinais de bipolaridade. Uma primeira parte para não mais lembrar e uma segunda muito conseguida (se bem que algo consentida).
Ao intervalo os leões já perdiam por 5 a 1 e as indicações daquilo que poderia vir a acontecer na segunda metade não eram decerto as melhores. Depois de 45 minutos de um futebol merengue verdadeiramente assombroso, o Sporting suspirava pelo descanso.
Robben e Higuaín fizeram questão de estilhaçar a inexistente defesa leonina. Num verdadeiro vendaval de futebol, por incrível que pareça, o resultado era até bastante lisonjeiro para aquilo que aconteceu em campo.
Contudo, com a taça mais que encaminhada para o museu blanco, o Real desacelerou e jogou toda a segunda parte em ponto-morto. Houve então tempo para os verde e brancos reduzirem o score e partirem para uma exibição bem mais consentânea com os seus pergaminhos, não deixando de passar por alguns sobressaltos a cada vez que os madridistas resolviam meter a… primeira.
O resultado final fixou-se nos 5-3. Os golos merengues foram apontados por Higuaín (bisou), Robben, Raul e Polga (ag). Para os leões marcaram Izmailov, Yannick e Miguel Veloso.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Onda Vermelha
Começou a nova época mas no meu Benfica novidades, novidades, só mesmo nos reforços em campo… De resto tudo na mesma.
O nosso Benfica apresentou-se como uma equipa de adaptados. O Maxi não é defesa-direito, o Katso não é defesa-central, muito menos o Ruben é extremo direito ou o Aimar falso ponta-de-lança/ extremo-esquerdo.
Tudo isto me fez perceber que, passada a justificada euforia de ter o Pablo e o Reyes no nosso clube, nos faltam jogadores em posições de charneira. Não temos um bom defesa-direito (o Nélson parece que vai mesmo) e de centrais nem me apetece falar (Volta David Luiz!) …
De Vila do Conde nada trouxemos de bom. A não ser o facto do Nuno ter entrado a marcar e mais uma vez ter mostrado que está vivo e de saúde, ao contrário daquilo que muitas pessoas querem fazer crer…
Positiva mesmo só a cerca de meia-hora que o Carlos Martins esteve em campo. Foi sempre o melhor e mais esclarecido. Mesmo nos momentos que se seguiram ao seu atropelamento pela locomotiva desgovernada chamada Yebda. Agora só espero que tenha sido a sua primeira e última lesão da época!
Começámos como no ano passado, ou seja, a empatar. Quero acreditar que não iremos acabar de igual modo. Quero não! Tenho de acreditar! Eu e todos nós benfiquistas.
Depois de ressacar convenientemente aquela que foi a segunda desilusão da época (já este ano perdemos com os lagartos…sim, eu sei que era a feijões. Mas dói na mesma), começo a ganhar confiança no nosso Benfica.
O próximo Sábado será decisivo. Não para o campeonato mas para consolidarmos a nossa relação de empatia com o triangulo Quique- Rui Costa- Equipa. E só nós sabemos o prazer que nos dá vermos o Glorioso vencer os arqui-inimigos. Caso contrário, começamos a esmorecer muito cedo.
Uma grande injecção de moral são as mais que prováveis utilizações do Reyes e do Angelito (Parabéns!). Por certo não podem jogar do mesmo lado mas o Quique que se entenda! Têm de jogar os dois!
É por isto que tenho de acreditar que no próximo jogo vamos “comer vivos” o FC Porto. Tem mesmo de ser!
Águia da semana: Carlos Martins
Por: João Orlando Ferreira
Árbitros- Liga Sagres
Académica vs Rio Ave
Rui Costa;
Serafim Nogueira e Tiago Leandro
Vitória de Setúbal vs Estrela da Amadora
Artur Soares Dias;
João Silva e Rui Licínio
Marítimo vs Vitória de Guimarães
Pedro Henriques;
Gabínio Evaristo e Hernâni Fernandes
Nacional vs Naval
Hugo Miguel;
Pedro Garcia e André Campos
Trofense vs Leixões
Elmano Santos;
Sérgio Serrão e José Oliveira
Sp. Braga vs Sporting
Bruno Paixão;
Sérgio Lacroix e Paulo Ramos
Belenenses vs Paços de Ferreira
Cosme Machado;
Tomás Santos e Henrique Parente
Benfica vs FC Porto
Jorge Sousa;
José Ramalho e José Luís Melo
Árbitros- Liga Vitalis
Marco Ferreira;
José Lima e Nelson Moniz
Santa Clara vs Freamunde
Vasco Santos;
Alexandre Freitas e Paulo Vieira
Gondomar vs Beira-Mar
Luís Reforço;
Nuno Roque e Valter Pereira
Gil Vicente vs Feirense
Carlos Xistra;
José Braga e Luís Tavares
Estoril vs Oliveirense
Nuno Miguel Roque;
Celso Pereira e Paulo Soares
Sp. Covilhã vs Olhanense
João Capela;
Pais António e Tiago Rocha
Vizela vs Desp. Aves
Olegário Benquerença;
Bertino Miranda e José Cardinal
Varzim vs Boavista
Paulo Costa;
Vítor Carvalho e Nuno Manso
terça-feira, 26 de agosto de 2008
FIDELidade aos seus
Só eu sei...
É tempo de ouvir o Sporting falar a uma só voz contra uma miopia que torne fosca e brumosa a verdade e o mérito desportivo.
Outro sinal preocupante de que este ano teremos mais do mesmo é a questão do castigo ao atleta Pedro Silva. Alguém me explica a mim, mero adepto e amante do futebol, as razões do atraso e hesitação na decisão oficial relativa a esta matéria? Porque é que se protela esta decisão? Será esta negligência inocente?
A modernização da estrutura sportinguista, acompanhada por uma inovadora estratégia de gestão e marketing, que tenta transportar o clube para tempos novos, não fará sentido se o futebol português em geral, e se as suas instituições esclerosadas insistirem em não acompanhar este esforço de modernidade.
O atleta Vukcevic parece ainda não ter percebido a filosofia de grupo que rege o Sporting sobre a égide de Paulo Bento, e insiste em manter-se no centro de rumores que abalam a solidez do balneário, permitindo que a solenidade desse mesmo balneário seja conspurcada pelo seleccionador do seu país, com claro prejuízo para o Sporting e para si mesmo.
Contra o Trofense conquistámos os primeiros 3 pontos com um futebol francamente forte e confiante. Não posso no entanto deixar passar em claro o facto de a equipa se ter deixado afectar pelo lance da expulsão e do penalty, mostrando-se demasiado intranquila e desperdiçando alguns contra-ataques através de passes falhados.
A relativa desconcentração e inconsistência ao longo dos 90 minutos podem ser revistas. Mas os sonhos continuam, e cada vez mais, intactos...
Leão da semana: Rochemback
Por: César Paisana Adão
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Dragão Dourado
Pelo milésimo dia consecutivo, o F.C. Porto manteve-se no primeiro lugar da Liga. Apesar de o jogo não ser de grau de dificuldade elevada, os dragões demonstraram o porquê de serem tri campeões nacionais. Mesmo jogando a um ritmo lento, o F.C. Porto raramente deu veleidades, perante um Belenenses amorfo e, estranhamente, acomodado. Casemiro Mior sai do Dragão com muitas dores de cabeça, e daquelas que nenhum treinador gosta de ter.
Quanto aos azuis e brancos, destaque central para o posicionamento de Raul Meireles no terreno. Não sendo a sua posição natural, o internacional português é o único, actualmente no plantel portista, com capacidade de ligar o processo defensivo com o ofensivo, de forma eficaz. Guarin já demonstrou ser um jogador ainda um pouco inconsequente, com vários erros técnicos e tácticos.
Com o recuo de Meireles, Tomás Costa teve a sua primeira aparição em jogos oficiais. Para estreia, não esteve mal. Apesar de discreto, o médio argentino nunca comprometeu, destacando-se pela capacidade de luta e de desarme. Ao seu lado teve um Lucho ao seu nível singular.
No ataque, Lisandro ficou novamente em branco, mas notaram-se bastantes melhorias em relação ao jogo da Supertaça, com muitos remates à baliza e algumas ocasiões desperdiçadas. Bem mais produtivo esteve Hulk. Cada vez mais “incrível”, o jovem brasileiro chegou mesmo a lesionar Mariano na marcação…de um livre. “Incrível”. Tal como o seu golo. Numa palavra: Fantástico!
E por falar em Mariano, alguém se lembra daquele jogador que na época passada andava moribundo pelos relvados nacionais? Pois, é ele mesmo. Aquele que tropeçava na bola no ano passado, e que na estreia da época facturou. Isto para não falar na bomba ao poste na primeira parte da partida. Muito boa exibição do argentino.
Do contingente argentino apenas falta falar de Benitez. O lateral voltou a dar sinais positivos, apesar de continuar um pouco discreto. Ainda assim, hoje já se viu a atacar mais, tendo inclusive desperdiçado uma clara oportunidade de golo.
Enquanto Quaresma não se decide e os novos, e velhos, rivais tropeçam, o F.C. Porto vai escrevendo a sua história neste campeonato. Esta primeira jornada serviu para mostrar que a qualidade azul e branca não desapareceu de um dia para o outro.
PS: Destaque para a vitória do Boavista na primeira jornada da Liga Vitalis. O histórico clube portuense deu assim um bom início a uma época que promete ser bastante complicada.
Dragão da semana: Lucho Gonzalez
Por: Rui Almeida Santos
Fast-News
- O Atlético Ouriense realizou mais um jogo de pré-temporada. A turma de Carlos Jorge bateu a formação de júniores do Desportivo de Fátima, no Adelino dos Santos Júnior. O resultado saldou-se em 3-1 com Leandro a fazer os dois primeiros tentos e Bolinhas a marcar o terceiro.
No próximo Sábado a equipa fará a sua apresentação aos adeptos com um desafio frente ao Vitória Mindense.
- O espanhol David Blanco foi o grande vencedor da 70.ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta. O corredor da Palmeiras Resort/ Tavira venceu a prova oferecendo a primeira vitória da história ao clube algarvio, o mais antigo do pelotão (29 anos). Para Blanco foi a segunda vitória já que em 2006 havia vencido com as cores da Comunidad Valenciana. Para a história do ciclismo ficou a despedida de José Azevedo que assim pôs termo a uma bonita carreira.
- O Real Madrid conquistou a Supertaça espanhola. Os merengues haviam perdido por 3-2 a primeira-mão no Mestalla mas um jogo sensacional da equipa blanca permitiu a vitória no troféu. O Real acabou por vencer por 4-2 com golos de Van Nistelrooy, Sérgio Ramos, De La Red e Higuaín contra os tentos de Silva e Morientes. Foi um jogo heróico do Real que ficou reduzido a dez quando perdia por 1-0 (expulsão de Van der Vaart) e, mais tarde, a nove jogadores quando o resultado era de 1-1 (Nistelrooy expulso).
- José Mourinho conquistou o seu primeiro troféu pelo Inter. Foi preciso recorrer a grandes penalidades para encontrar o vencedor da Supertaça italiana. O jogo terminou empatado a dois. Muntari e Balotelli fizeram os golos interistas aos quais os romanos De Rossi e Vucinic souberam responder. Nas grandes penalidades a formação de Mourinho venceu por 8-7. Zanetti foi quem cobrou o remate da vitória, depois de Juan ter falhado pela Roma.
Liga Vitalis- 1ª Jornada
Mais a norte o Desportivo das Aves recebeu e venceu o Sporting da Covilhã. Os serranos não regressaram bem a este escalão e possibilitaram a Henrique Nunes a liderança da Liga, a meias com o seu bem conhecido Feirense.
O Boavista recebeu e bateu o Vizela. Rui Bento estreou-se no comando da equipa do Bessa com uma vitória sobre o clube do decano Carlos Garcia. Já o Freamunde sofreu a bom sofrer para levar de vencida a União de Leiria.
Voltando ao sul do país, o Portimonense foi mais forte que o Varzim e venceu por duas bolas a uma.
Destaque ainda para o grupo dos empatas. Os desafios entre Beira-Mar e Santa Clara e Oliveirense e Gil Vicente terminaram em igualdades.
Resultados
Olhanense 3-2 Estoril
______________________________________________________
Classificação
1. Desp. Aves…3
2. Feirense…3
-----------------------
3. Olhanense…3
4. Boavista…3
5. Portimonense…3
6. Freamunde…3
7. Gil Vicente…1
8. Oliveirense…1
9. Beira-Mar…1
10. Santa Clara…1
11. Estoril…0
12. Varzim…0
13. Vizela…0
14. União Leiria…0
-------------------------
15. Sp. Covilhã…0
16. Gondomar…0
Liga Sagres- 1.ª jornada
A jornada fica marcada pela surpresa causada pelo Rio Ave de João Eusébio. Os recém-primodivisionários empataram a uma bola com o Benfica. São os primeiros pontos perdidos de quique Flores, em vésperas de receber os dragões. Esses estarão na Luz embalados por uma vitória fácil sobre um Belenenses inócuo e sem chama.
Já no dia anterior o Sporting tinha batido o Trofense por 3-1 num jogo em que os leões se queixaram da arbitragem do portalegrense Paulo Baptista. Tudo porque o juiz assinalou por indicação de Luís Ramos, um auxiliar que em nada auxiliou, um castigo máximo a punir uma carga de Polga sobre Zé Carlos. Porém, a falta que valeu (e muito bem) a expulsão ao sportinguista ocorreu um par de metros fora da área leonina. Estava assim encontrado o primeiro caso do campeonato.
Mas a abrir a prova houve um confronto de Vitórias na cidade-berço. Cajuda e Faquirá empataram-se num jogo que revelou bons pormenores de parte a parte.
No Domingo, Estrela e Naval obtiveram os mesmos resultados. Ambas as formações jogaram em casa, onde venceram respectivamente Académica e Marítimo por 1-0. Em Matosinhos, o Leixões até entrou a ganhar mas três golos alvi-negros deram a volta ao marcador e colocaram o Nacional no primeiro lugar da tabela.
Resultados
Game Over
Depois de cerca de duas semanas emocionantes, o Mundo despediu-se do maior evento desportivo à escala planetária.
Na opinião de muitas pessoas estes foram os melhores Jogos de toda a história. As Olimpíadas deste ano serão lembradas como aquelas em que a grande maioria dos recordes foram absolutamente pulverizados.
Nos anais ficarão gravados para a eternidade nomes como os de Michael Phelps, Yelena Isinbayeva, Usain Bolt ou Kenenisa Bekele.
A nível nacional as previsões apontavam para prestações mais positivas. Contudo, as contas finais saldaram-se em apenas duas medalhas: Ouro para Nelson Évora; Prata para Vanessa Fernandes.
Destaque ainda para o facto de, pela primeira vez na história, a China ter sido o país que mais medalhas de ouro conseguiu amealhar, seguindo-se Estados Unidos e Rússia.
Quadro Final
________________________________________
País...................................Ouro/Prata/Bronze/Total
sábado, 23 de agosto de 2008
Tonterias...
Na edição de ontem do jornal Record, o benfiquista Reyes foi alvo de uma extensa entrevista. Às páginas tantas o jogador, que veio desde Madrid, foi surpreendido por esta afirmação (!?!) em forma de pérola jornalística:
"Você tem algumas coisas em comum com Quique. Afinal são os dois ciganos..."
(se não foi assim foi igual ou parecido!)
Ui... brilhante! Quem se ia lembrar de uma destas?
O problema não está no facto de Reyes ser ou não de etnia cigana. O jogador até se sentiu na obrigação de desmentir veementemente tal "acusação".
O ônus da questão reside no facto de nunca por nunca ter lido, em alguma entrevista, uma pergunta do género a outros intérpretes "diferentes"...
Agora imaginem se fosse questionado ao Carlos Martins que coisas teria ele em comum com Rui Costa. Afinal até são os dois brancos...
Ou então perguntar ao Yannick o que é que o une ao Ronny. Afinal são os dois negros...
Como diria um amigo: "Tonterías de um tabloide..."
Ps.: Quanto à primeira página nem vale a pena dizer mais nada... Uns dirão que o jornal prestou homenagem a Nélson Évora, atribuindo-lhe a última página. Eu prefiro pensar que a porta dos fundos da minha casa não é tão bonita e vistosa como a fachada.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Liga Sagres começa hoje
1.ª Jornada
Vitória de Guimarães vs Vitória de Setúbal
(Olegário Benquerença)
Paços de Ferreira vs Sporting de Braga
(Lucílio Baptista)
Sporting vs Trofense
(Paulo Baptista)
Estrela da Amadora vs Académica
(Vasco Santos)
Leixões vs Nacional
(João Capela)
Naval vs Marítimo
(Paulo Costa)
FC Porto vs Belenenses
(Artur Soares Dias)
Rio Ave vs Benfica
(Carlos Xistra)
Fresquinha por favor!
O FC Porto parte à frente. Um favoritismo inerente à conquista do tricampeonato. O Sporting segue logo a seguir. Depois da vitória na Supertaça os leões arrancam cheios de confiança. O Benfica de Quique está aparentemente em desvantagem. Falta uma equipa, dizem. No entanto, existem (muitos) elementos que podem resolver enquanto não surge a tal equipa.
Atrás dos pretendentes obrigatórios ao título surgem Vitória de Guimarães e Sporting de Braga. Neste duelo minhoto, o Vitória parece não entusiasmar enquanto plantel. Mas já se sabe que as equipas de Cajuda jogam sempre bonito e como são difíceis de quebrar. Do lado bracarense a fasquia está lá no alto, lado-a-lado com o Bom Jesus. O grupo é constituído por alguns dos melhores executantes da nossa praça (extra três grandes) e o treinador Jorge Jesus é uma aposta fortíssima da direcção.
Mais distanciados na luta pela Europa parecem estar Marítimo, Belenenses e Vitória de Setúbal. Os madeirenses reforçaram-se com conta mas perderam Lazaroni. Em Belém já não há Jesus mas veio um Casimiro Mior. Em Setúbal o choco frito será retemperado com caril pois chegou Daúto Faquirá, um dos treinadores mais interessantes dos últimos anos. Estas equipas fecharão o grupo dos que lutam pela Europa.
Nas partes baixas da classificação surgem Nacional da Madeira, Estrela da Amadora, Naval, Académica, Leixões, Paços de Ferreira, Trofense e Rio Ave. Este pelotão dividir-se-à em dois: aqueles que vão tentar incomodar quem luta pela Europa; e os que se irão debater entre si pela permanência neste escalão.
Mais logo, cerca das 20.30, Vitória & Vitória estarão no berço para fazer nascer a primeira Liga Sagres.
Bola Àparte
Falemos de cultura em Portugal. Não! Não se trata de um oxímoro! Não é como falar de comida na Etiópia ou direitos humanos na China. EXISTE cultura em Portugal.
Existem preocupações culturais, especialmente desde que a cultura se revelou um dos sectores mais lucrativos do PIB europeu. Sabemos que nenhum americano ou japonês bem-na-vida se deixa ir para a cova sem tirar uma fotografia de um castelo do Loire, ou da Monalisa. E o nosso Portugal cultural não fica de fora. Temos uma ministra e tudo para estas coisas: não sei quê ... Lima. É isso!
Esteve patente no CCB, desde 19 de Maio até 17 deste mês, a mega-exposição “Le Corbusier, a arte da arquitectura”, a maior retrospectiva jamais feita do trabalho deste suiço multifacetado, considerado o maior nome da arquitectura do século XX, com uma pesquisa nas artes plásticas surpreendentemente rica e coerente (na época da eclosão dos diversos modernismos) e modelos de design objectual que se tornaram paradigmas de perfeição.
As suas concepções de harmonia espacial à escala humana fazem dele um mestre renascentista a moldar o mundo moderno. Logo vozes über-críticas se levantam acusando este génio de colaborar com o governo de Vichy durante a ocupação nazi ou de ser o principal responsável pelos modelos de construção suburbana, normativa e esmagadora, que submeteram o indivíduo e o seu espaço à vontade do estado, alienando-os em nome de um racionalismo materialista que deturpou as relações sociais nas grandes cidades industriais europeias, sendo talvez Paris o melhor exemplo.
Mas quem o diz é, com todo o respeito, um idiota. Isto é como culpar o inventor da televisão pela programação da TVI.
Mas o que importa sublinhar é o regozijo com que se anunciou, a um mês do final, o número recorde de 50.000 visitantes para uma exposição desta craveira, que cruzou Nova Iorque, Londres e Tóquio.
Como se de uma proeza se tratasse. Numa capital europeia de mais de um 1 milhão. É esta falta de ambição, para além da tradicional desorganização, que fez com que os russos do Hermitage recuassem do projecto de integrar Lisboa na sua rede de museus-satélite.
Muito haveria a dizer sobre isto: causas estruturais, a má gestão do CCB desde 2000, o português médio não frequenta museus, yada, yada, yada.
Triste é regar com champagne tão pobre resultado.
Parabéns Portugal, sempre consistente na mediocridade.
Por: Francisco Adão
Novidade
Porque o Mundo é redondo mas não é só bola...
O MediaSport apresenta a coluna de opinião "Bola Àparte".
Trata-se de um espaço não desportivo a cargo de Francisco Adão.
Criado com o objectivo de possibilitar o debate de qualquer acontecimento exterior ao mundo do desporto, Francisco Adão oferecer-nos-à a sua opinião, semanalmente às Sextas-feiras.
Não perca e sinta-se à vontade para comentar.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
GoldeNélson
Nélson Évora é o novo campeão olímpico do Triplo Salto. O atleta português conquistou a medalha de ouro depois de saltar 17, 67 metros.
A competição foi fortemente disputada. Évora teve no britânico Phillips Idowu (medalha de Prata) e no atleta das Bahamas, Leevan Sands (medalha de Bronze), os seus principais opositores.
O salto dourado aconteceu à terceira tentativa quando a prova era liderada por Idowu. Foi o golpe final do português que desta forma retomou a liderança na competição para não mais a largar.
Depois do título mundial em Osaka Évora volta a triunfar, desta feita no mais belo e importante torneio de atletismo.
Portugal consegue deste modo a primeira medalha de Ouro nos Jogos de Pequim para juntar à Prata obtida por Vanessa Fernandes.
Os Cinco nas Ilhas
Portugal recebeu em Aveiro a modestíssima selecção das Ilhas Faroé. A vitória sorriu naturalmente aos portugueses. Uma mão cheia de golos foi o suficiente para a equipa das quinas celebrar o regresso de Queiroz ao comando da equipa.
Apesar da expressividade do resultado Portugal não realizou uma exibição de “encher o olho”. O seleccionado português jogou sempre num ritmo lento, quase mais brando que o ritmo de treino. O resultado foi-se dilatando apenas nos minutos finais do encontro quando a resistência do adversário quebrou, ao encaixar três golos em quatro minutos.
Os tentos do desafio foram assinados por Carlos Martins, Simão, Duda, Bruno Alves e Nani.
O primeiro onze de Queiroz foi constituído por:
Quim; Bosingwa, Pepe, Carvalho, Antunes; Meireles, Carlos Martins, Deco; Nani, Simão, Hugo Almeida.
Jogaram também:
Miguel, Bruno Alves, Fernando Meira, Manuel Fernandes, Danny e Duda.
Marcha à frente
Ana Cabecinha, Susana Feitor e Vera Santos constituíram o trio de marchadoras lusas que se fizeram aos 20km Marcha debaixo de uma chuva torrencial.
A vitória sorriu à russa Olga Kaniskina (1:26:30 horas) que arrecadou a medalha de ouro. A prata foi para a Noruega para Kjersti Tysse Platzer e o bronze para a italiana Elisa Rigaudo.
Portugal tem enormes motivos de orgulho uma vez que coloca duas atletas no top 10 da prova. Ana Cabecinha foi oitava classificada (1:27:46 horas) enquanto que Vera Santos ficou no décimo posto (1:28:14 horas). Já a veterana Susana Feitor foi forçada a desistir da prova.
No final Vera Santos afirmou estar “satisfeita”. Por seu lado, Ana Cabecinha sublinhou que esta classificação “sabe a medalha” pois bateu o recorde nacional de Susana Feitor, retirando-lhe 9 segundos.
Fast-News
- Os portistas Lisandro, Lucho e Mariano alinharam pelas pampas frente à Bielorrússia. A selecção argentina não foi além de um empate sem golos frente à modesta equipa da casa. Quanto aos azuis e brancos, Lucho foi titular ao passo que Mariano e Lisandro entraram apenas na segunda metade do desafio.
- O Montenegro do sportinguista Vukcevic foi à Hungria empatar a três golos. Em jogo de preparação, o camisola 10 dos leões apontou o segundo golo do jovem país.
- O benfiquista Angel Di Maria está na final dos Jogos Olímpicos. A alvi-celeste defrontará a Nigéria no próximo sábado. Di Maria tem-se exibido a bom nível no torneio sendo um dos jogadores mais influentes da sua selecção, a par de Leo Messi.
- José Couceiro venceu na estreia no comando da selecção lituana. Dois golos de Poskus e um de Danilevicius bastaram ao técnico português para levar de vencida a selecção moldava.
- O jovem sportinguista Fábio Paim foi cedido ao Chelsea até final da temporada. A SAD leonina consegue assim resolver mais um problema que residia na colocação deste jogador. As boas relações do agente FIFA do atleta com Scolari facilitaram a resolução do imbróglio. Paim tem agora mais uma oportunidade para mostrar o seu valor.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Onda Vermelha
O meu Benfica, apesar de tudo e na minha perspectiva, em relação aos outros candidatos, parte em clara desvantagem pois mudou de treinador e perdeu duas ou três pedras fundamentais tais como o nosso grande Rui Costa, o Christian Rodriguez e o Petit. E quem acompanhou o campeonato do ano passado concordará comigo que tanto o Rui Costa como o próprio Rodriguez foram duas peças fundamentais na estrutura da equipa.
Quanto ao nosso benfiquista Rui Costa, continua na nossa casa com uma missão diferente mas que, certamente se nós benfiquistas lhe dermos tempo, terá sucesso a médio prazo.
Em relação ao uruguaio não vale a pena chorar. Deviam ter aproveitado o direito de preferência. Assim não o fizeram e pior ainda: foi reforçar o nosso grande rival, o FC Porto. E não vamos agora dizer que ele não presta. Trata-se de um excelente jogador que “deixa tudo” em campo. O máximo que lhe podemos desejar é que não seja feliz com a mudança.
Quanto à pré-época do Benfica, não tenho gostado muito do que tenho visto. Como se não bastasse a mudança do treinador, algo que não aconteceu nos outros dois candidatos ao título, temos também quase uma equipa nova que demorará a assimilar as ideias e métodos do novo treinador Quique Flores.
No primeiro jogo do Benfica, com o Estoril, registou-se um empate e o Glorioso fez rodar muitos jogadores novos jovens da cantera encarnada. De registar apenas as excelentes exibições de Carlos Martins e Yebda. Durante a partida jogaram um elevado número de jogadores e o futebol praticado foi bastante mau.
Os jogos que se seguiram aconteceram no Torneio do Guadiana, no qual o Benfica ficou em terceiro lugar, ou seja o último. No jogo inaugural o Benfica defrontou o Blackburn Rovers e averbou uma derrota, praticando um mau futebol com destaque apenas para a subida de forma de Carlos Martins. Quique continuou a fazer muitas experiências, continuando a insistir em utilizar jogadores que mais tarde viriam a ser dispensados. O nosso segundo jogo neste torneio foi um derbie lisboeta cheio de tradições e rivalidades contra o Sporting. Contudo, nem essa rivalidade fez Quique mudar a sua estratégia. Continuou a fazer muitas experiências e a utilizar muitos atletas que viriam a ser dispensados. Como consequência o Benfica jogou um futebol muito cinzento e pouco agradável para os seus adeptos. Não poderei deixar de mencionar que o Sporting foi um justo vencedor deste torneio pois foi a equipa mais compacta e organizada, uma consequência de ter o mesmo treinador e uma base sólida que transitou da época passada.
Depois veio o Torneio Cidade de Guimarães onde participaram o Vitória local, o Paris Saint-Germain e o Benfica. O Benfica venceu o torneio mas a mim não me convenceu. O futebol apresentado foi pobre e cinzento registando-se apenas melhorias no sector defensivo. Já a nível ofensivo apresentou grandes lacunas, vivendo da individualidade e criatividade dos seus elementos mais dotados tecnicamente.
No jogo de apresentação aos sócios o Benfica teve como adversário o Feyenoord e o clima de festa e euforia dos adeptos levou a que o Benfica realizasse um grande jogo de futebol. Notou-se já alguma assimilação, por parte dos jogadores, das ideias que o treinador pretende para este novo Benfica. Pela primeira vez esta pré-época jogou como “um todo” e a grande esperança dos benfiquistas, Pablo Aimar, realizou uma exibição mais condizente com o seu valor. O Glorioso ganhou este jogo com um golo do goleador Cardozo mas o caudal ofensivo da equipa merecia um resultado mais dilatado.
Agora resta-nos esperar e crer que o Benfica vai crescer cada vez mais e vai realizar uma grande época a nível nacional e internacional.
Como benfiquista que sou tenho sempre essa ilusão tal como todos os adeptos deste grande clube!
Que jogadores como Aimar e Reyes consigam voltar a atingir a projecção internacional que tiveram e que acabaram por perder. Será bom para eles e para o Benfica!
Um bem-haja a todos os que gostam de futebol como eu!
Até uma próxima com o Benfica sempre a ganhar!
Por: António Pereira
Tocha apagada
Os seleccionados de Rui Caçador perderam o jogo de preparação disputado no Complexo Desportivo da Tocha.
Ao intervalo a vantagem da equipa das quinas justificava-se na perfeição. Portugal dominava a República Checa com um futebol bonito e vistoso. Porém, na segunda metade a história foi diferente. A equipa checa subjugou o conjunto lusitano que nunca mais conseguiu produzir um futebol consentâneo com os seus pergaminhos. A prova do desnorte dos homens de Rui Caçador chegou aos 64 minutos quando Strestik converteu uma grande penalidade a castigar duas (!) faltas dentro da área lusa. Três minutos volvidos, Reznicek colocou, pela primeira vez na partida, a selecção checa na frente.
Até final do desafio destaque apenas para uma carga, no mínimo selvagem, do interista Pelé sobre um companheiro de profissão, que não deixou qualquer alternativa a Carlos Xistra que não a expulsão com vermelho directo.
Foi um mau jogo de preparação dos sub-21 portugueses que agora apontam baterias aos jogos decisivos do apuramento para o Europeu deste escalão, frente a Inglaterra e Irlanda.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Só eu sei...
Se existem adeptos habituados a compreender com elevação as vicissitudes do futebol moderno, subjugado pelos ditames da lógica financeira, e até a aceitar a frustração de ver algumas das pérolas da formação do seu clube serem recicladas como símbolos dos seus rivais, esses adeptos são os do Sporting.
Mas não é legítimo pedir-lhes que aceitem de ânimo leve a chantagem patrocinada na pré-temporada por João Moutinho, que no passado sábado ergueu, na condição de capitão de equipa, mais um troféu conquistado. As suas declarações, que em nada se ajustam a um carácter normalmente abnegado e humilde, acompanhadas por uma inusitada falta de sensibilidade para com um momento que é necessariamente de união e convicção clubística, exigem firmeza e coerência por parte da administração do clube.
Os adeptos querem ter nessa administração um garante de que os interesses económicos e desportivos do clube são salvaguardados, e é precisamente esse o comportamento que tem sido adoptado.
Acolho com igual regozijo o critério e rigor que denotam as contratações de jogadores para a nova época. A política de aquisições depurou e nivelou superiormente o plantel, e aumentou com qualidade e experiência o leque de opções de Paulo Bento, trazendo atletas com conhecimento da realidade do clube ou outros que constituem inegavelmente apostas seguras.
Na final da Supertaça o Sporting demonstrou, perante a equipa que detém a hegemonia do futebol português nos últimos anos, estar preparado para vencer em todas as frentes. A equipa apresentou um futebol de fibra, poder, explosão e inteligência, com índices físicos já muito aceitáveis, de grande alma mas com enorme rigor e sentido táctico, mostrando a todos os sportinguistas que esta temporada é legítimo sonhar alto!
Por: César Paisana Adão
Naide salta pouco
Depois de dois saltos nulos onde obteve excelentes marcas, a atleta portuguesa não conseguiu saltar mais do que 6,29 metros, quando o mínimo que lhe garantia a final estava fixado em 6,75 metros.
Naide partiu para o derradeiro salto extremamente nervosa. A sua passada era larga mas, com o aproximar da chamada na tábua, teve de reduzir a sua marcha. Esta falha técnica foi suficiente para que o seu salto lhe inviabilizasse a presença na final olímpica da disciplina.
É mais um duro golpe nas ambições portuguesas no que concerne a medalhas. Depois de marcas prometedoras, Naide não fez jus ao facto de ser a detentora da melhor marca deste ano, quando foi a única atleta a passar a marca dos 7 metros.
Taça do Ribatejo remodelada
O modelo da Taça do Ribatejo sofreu uma importante reestruturação.
Sendo assim, na época que agora começa, esta competição terá uma fase inicial constituída por 10 séries de quatro e três equipas.
Nesta fase, os clubes de cada grupo jogarão entre si, apenas a uma volta. O MediaSport ainda não conseguiu apurar o número de equipas que se qualificam para a próxima ronda.
O Atlético Ouriense está inserido na Série 3. Trata-se de um grupo que encerra a curiosidade de reeditar alguns derbies concelhios. As equipas que acompanham o Atlético são o Desportivo Vilarense, o CCD Caxarias e o CDR Cercal.
Honra de Santarém já tem calendário
O Clube Atlético Ouriense ficou a conhecer o seu mapa de jogos para 2008/2009.
A turma orientada por Carlos Jorge começa o campeonato no seu reduto frente à União de Tomar, de Eduardo Fortes. Na segunda ronda segue até Riachos onde se debaterá com o Atlético local, voltando a casa à terceira jornada para receber o Desportivo de Benavente.
Será portanto um início de campeonato interessante para a equipa de Ourém que voltará este ano a lutar pela permanência no maior escalão do distrito.
Divisão de Honra da Associação de Futebol de Santarém
1- AD Mação
2- União de Tomar
3- Atl. Riachense
4- Desp. Benavente
5- Atl. Alcanenense
6- Desp. Samora Correia
7- SC Ferreira do Zêzere
8- Desp. Amiense
9- União de Almeirim
10- Ferroviários
11- AD Fazendense
12- Atl. Ouriense
1ª Jornada: 1-3; 10-5; 8-7; 6-9; 4-11; 12-2
2ª Jornada: 3-12; 5-1; 7-10; 9-8; 11-6; 2-4
3ª Jornada: 3-5; 1-7; 10-9; 8-11; 6-2; 12-4
4ª Jornada: 5-12; 7-3; 9-1; 11-10; 2-8; 4-6
5ª Jornada: 5-7; 3-9; 1-11; 10-2; 8-4; 12-6
6ª Jornada: 7-12; 9-5; 11-3; 2-1; 4-10; 6-8
7ª Jornada: 7-9; 5-11; 3-2; 1-4; 10-6; 12-8
8ª Jornada: 9-12; 11-7; 2-5; 4-3; 6-1; 8-10
9ª Jornada: 9-11; 7-2; 5-4; 3-6; 1-8; 12-10
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Dragão Dourado
Convém, no entanto, começar do início. O plantel dos azuis e brancos recebeu nesta pré-época, praticamente, um novo jogador por posição. Senão vejamos: Sapunaru e Benitez nas laterais, Rolando no centro da defesa, Guarín, Fernando e Tengarrinha para meio campo mais defensivo, Tomás Costa para centro do terreno propriamente dito, Candeias e Rodriguez nas alas e Hulk e Rabiola para o ataque. Entre regressos de empréstimo e novas contratações, são onze as novas caras do F.C. Porto, versão 2008/09. Só a baliza resistiu a esta “revolução”.
Com o desenrolar da pré-temporada, pareciam esquecidos Bosingwa (Chelsea) e Paulo Assunção (Atlético de Madrid), duas pedras basilares na última época. As exibições do conjunto azul e branco pareciam convencer que a equipa não se ressentiria da saída de ambos. Puro engano.
Ao primeiro jogo oficial, a primeira derrota. Não que a Supertaça seja o título pelo qual o F.C. Porto deva dar prioridade total, mas um troféu é sempre um troféu. A sua conquista pode balancear a equipa para patamares de confiança elevados. E, não menos importante, deixa os adeptos sempre satisfeitos. Ainda por cima quando os mesmos são obrigados a percorrer Portugal de “lés a lés” para ver a sua equipa jogar. Um profundo disparate, quando entre as cidades do Porto e de Lisboa existem estádios, como o de Leiria ou de Coimbra, que podem receber, com todas as condições exigíveis, este tipo de partidas. Os adeptos agradeceriam.
Passando do acessório ao essencial, os campeões nacionais apresentaram-se no Estádio do Algarve com quatro reforços no onze inicial. Sapunaru, Benitez, Guarín e Rodriguez alinharam de início, ocupando posições fulcrais no terreno. Sapunaru à direita e Benitez à esquerda da defesa, Guarín como médio defensivo, e o “Cebola” nas alas. Ricardo Quaresma foi preterido da convocatória (novamente), bem como Mariano, que devido a uma repentina gastroentrite, ficou também fora dos eleitos.
Da partida em si nada de novo, tendo em conta os últimos encontros entre dragões e leões. O F.C. Porto teve algum controlo da partida, dispôs das melhores oportunidades para marcar e…perdeu. O penalti falhado e o remate ao poste de Lucho Gonzalez, o falhanço de Lisandro à boca da baliza e o grande remate de Raul Meireles para aparatosa defesa de Rui Patrício dão expressão quantitativa à exibição portista. O problema estava efectivamente na defesa. Hélton esteve, desta vez, bastante seguro na baliza, não tendo culpa em nenhum dos golos sofridos. O mesmo não se pode dizer do internacional romeno Sapunaru, que esteve mal a defender, mal a atacar e ainda ofereceu um golo a Djálo. Em poucas palavras, uma exibição paupérrima do lateral. Benitez, na esquerda, não comprometeu, mas também não encantou, o que deixa a questão no ar: Fucile não jogou porquê? Com a saída de Bosingwa, a pergunta que se fazia era em que flanco, o uruguaio devia jogar. Só que Jesulado Ferreira, técnico dos tri campeões nacionais, deixou-o de fora da partida. Na minha óptica, inexplicavelmente. Em relação a Pedro Emanuel e Bruno Alves, mais do mesmo. Segurança do primeiro e a normal impetuosidade do segundo.
Já Guarín não fez a ligação defesa-ataque que se lhe exige, perdendo bolas de forma constante. Lucho Gonzalez foi novamente o “Comandante” da equipa, mesmo apesar do penalti falhado. Esteve muito bem o internacional argentino. Raul Meireles foi o mesmo de sempre, bastante esforçado. Deixou a pele em campo.
O ataque, improvisado com Lisandro numa das alas, foi inofensivo. O argentino andou perdido no terreno, Rodriguez foi inconsequente e Farias apareceu muito pouco em jogo. Diga-se que raramente foi bem servido, mas mesmo assim fez muito menos que, por exemplo, Hulk, que mexeu com a equipa. Deixou novamente boas indicações, mas é notória a falta de entrosamento com os colegas de equipa. Será, sem dúvida no futuro, um enorme trunfo da equipa portista, mas ainda tem muito que trabalhar no presente. Um ressalvo ainda para Daniel Candeias. O jovem extremo deu uma outra dinâmica à ala direita da equipa. Foi dele o cruzamento que resultou na grande penalidade, e deixou pormenores de grande técnica e velocidade. Grande exibição do ala azul e branco, tendo em conta que foi a sua estreia, em jogos oficiais, com a camisola do F.C. Porto. Um jogador a acompanhar de perto.
De resto, os dois golos do Sporting nasceram de dois lances bastante confusos na área dos “dragões”. Não querendo de maneira alguma retirar o mérito aos leões, foram dois lances “caídos do céu” que deram a vitória na competição. E quase fazia o terceiro, num lance em que Bruno Alves atrasou a bola, de forma calamitosa, a Hélton, que importunado por Derlei e Djálo, conseguiu, à segunda, resolver o imbróglio. Imperou de novo a velha máxima do futebol: vence quem marca. Não interessa a forma como esses golos chegam.
Um aparte ainda para a exibição do árbitro Carlos Xistra. Estamos em início de época, é certo, mas a exibição do juiz de Castelo Branco deixou muito a desejar. O cartão amarelo a Benitez é exagerado, deixando passar em claro uma entrada dura de Caneira sobre Rodriguez, bem como uma investida violentíssima de Rochemback sobre Lucho Gonzalez. Erros sem influência directa no resultado, é verdade, mas não deixam de ser manchas na exibição do juiz.
Em suma, o F.C. Porto merecia outra sorte na partida, não tirando, como é óbvio, todo o mérito do Sporting em aproveitar os erros da defesa azul e branca.
Pela primeira vez, desde que é treinador dos campeões nacionais, o professor Jesualdo Ferreira não procurou encaixar o onze portista no esquema táctico do Sporting, e talvez o tenha feito erradamente. Sobretudo, porque para esta partida, Quaresma, Mariano e Tarik não estavam disponíveis. Sobravam Rodriguez e Candeias para as alas. Com a aposta a recair em Farias, o pior que o técnico do F.C. Porto fez foi deslocar Lisandro para uma ala, arrastando consigo o seu “instinto matador”. Uma das opções possíveis, e para mim a mais credível, seria colocar Rodriguez numa posição mais central, colando Farias e Lisandro no centro de ataque. Jesualdo jogaria em 4-4-2, como muito gosta, e a equipa ficaria equilibrada no terreno. E ainda para mais tendo em conta o adversário que tinha pela frente, que preferencialmente também actua neste esquema táctico. Mas o pensamento do professor virou-se para o 4-3-3, que na noite de sábado esteve muito pouco eficiente.
O importante agora é olhar para o futuro com optimismo. As competições pelas quais o F.C. Porto verdadeiramente deve lutar estão à porta, e os campeões nacionais partem na “pole position”. E não será esta derrota que irá abalar toda a preparação azul e branca.
Por: Rui Almeida Santos