quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Franceses conquistam Fronteira




O trio composto pelos pilotos Thierry Charbonnier, Nicolas Gibon e Yves Fromont, alcancançou a vitória na prova mais importante do todo-o-terreno português. O triunfo volta a confirmar o domínio imposto pelos gauleses nesta competição.

Depois de uma fase inicial em que a formação liderada por Rui Sousa ainda comandou a prova com a Isuzu D-Max, bem se pode dizer que esta 11.ª edição das 24 Horas Vodafone-Vila de Fronteira teve duas equipas largamente protagonistas no comando da corrida.

Uma delas, a formação portuguesa da Paddock Competições e que incluía Adélio Machado na companhia de Jean-Claude e Ronald Basso e Julien Menard, rodou sempre nas primeiras posições e durante seis horas liderou os acontecimentos, conseguindo uma vantagem na 22.ª hora de corrida que parecia ser suficiente para garantir o triunfo.

No entanto, o jovem Ronald Basso não conseguiu evitar o estado traiçoeiro da pista, com muita lama depois das intensas chuvadas do fim-de-semana, tendo um espectacular despiste em plena recta da meta, embatendo num separador de cimento e arrancando as rodas da frente, colocando ponto final numa actuação que merecia outro prémio.

O infortúnio de Basso permitiu a Charbonnier/Gibon/Fromont a subida ao primeiro lugar, também eles protagonistas de uma prova muito positiva e praticamente isenta de problemas, numa altura em que os pilotos franceses souberam gerir muito bem a sua vantagem, controlando de forma perfeita os acontecimentos, merecendo amplamente a vitória, num triunfo que tem algo de português, pois a viatura vencedora, o Bowler Wildcat 200 foi construído de base na Paredecar, na linha do Estoril.


Na segunda posição concluiu a formação de Pedro Lamy/Ricardo Leal dos Santos/Serge Finkelstein/Jean-Marc Schmit, aos comandos de um Schmit-Peugeot, um 206 ex-WRC preparado pelo técnico da equipa oficial da marca francesa, de que Lamy faz parte. «Foi uma experiência muito curiosa», admitiu Pedro Lamy, «com as condições da noite a serem muito difíceis. Só conduzi na parte final da prova e não deixa de ser estranho para quem está habituado a andar nos limites, como eu, ter de optar por uma cadência de compromisso, pois a pista estava muito escorregadia e a minha experiência neste tipo de terreno é praticamente nula. E mesmo assim ainda apanhei uns sustos...»

O terceiro lugar foi para a equipa da Letónia, Andris Dambis/Maris Saukans/Igors Skoks, no Oscar 24, que teve problemas iniciais com a suspensão traseira, facto que os atrasou bastante, tendo conseguido entrar nos dez primeiros à 16.ª hora, para iniciarem depois uma recuperação que os levaria ao último lugar do pódio.

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